11/10/2022 - 20:33
Para colocar o mundo em uma trajetória de emissões líquidas de carbono zero até 2050, relatório da Organização Meteorológica Mundial, ligada às Nações Unidas, conclui que os investimentos em energia renovável devem triplicar até lá. No entanto, os fluxos de finanças públicas internacionais para países em desenvolvimento em apoio à energia limpa só diminuíram, aponta a pesquisa.
O nível caiu em 2019, pelo segundo ano consecutivo, para US$ 10,9 bilhões – 23% abaixo dos US$ 14,2 bilhões fornecidos em 2018 – e menos da metade do pico de US$ 24,7 bilhões em 2017, diz a organização.
Para limitar o aumento da temperatura global, que está prejudicando a segurança energética, a eletricidade extraída de fontes de energia limpa deve dobrar nos próximos oito anos, afirma o estudo. Com o setor de energia responsável por cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa, o chefe da organização, Petteri Taalas, afirma que mudar para geração de energia mais limpa e melhorar a eficiência energética – é “vital se quisermos prosperar no século 21”.
Apenas 40% dos planos de ação climática apresentados pelos governos à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas priorizam a adaptação no setor de energia, e o investimento é correspondentemente baixo, afirma o estudo.
“Uma transição para energia renovável ajudará a aliviar o crescente estresse no abastecimento de água, porque a quantidade de água usada para gerar eletricidade por energia solar e eólica é muito menor do que para usinas de energia mais tradicionais, de combustível fóssil ou nuclear”, aponta. “Mas as atuais promessas de energia renovável dos países estão muito aquém do que é necessário para alcançar a meta de acesso universal a energia acessível, confiável, sustentável e moderna até 2030”, disse a OMM.