O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou, nesta terça-feira (3), balanço da Operação Escola Segura, que desde abril, quando foi lançada, registra a prisão ou apreensão de 400 pessoas, entre adultos e adolescentes. A operação foi deflagrada em resposta a ataques a escolas em diversos pontos no país.

“Até o momento, além das prisões e apreensões, 1.653 crianças e adolescentes e/ou suspeitos adultos foram conduzidos às forças policiais. O monitoramento de plataformas digitais levou a 917 solicitações de preservação e/ou remoção de conteúdos em redes sociais, além de 412 solicitações de dados cadastrais nessas redes. O trabalho levou à geração de 3.404 boletins de ocorrências e a um total de 2.844 casos em investigação”, informou a pasta.

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Desde que o programa foi lançado, foram recebidas cerca de 700 propostas de municípios para a implementação de ações voltadas à segurança nos estabelecimentos de ensino, em resposta ao edital Escola Segura. Desse total, foram selecionadas 231 propostas com valor estimado em R$ 210 milhões. Segundo o ministério, o valor inicialmente destinado às propostas é de R$ 150 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Denúncias

O serviço Disque 100 está recebendo denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.

Além disso, o Ministério da Justiça dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar. Informações sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura. As informações enviadas ao canal são mantidas sob sigilo, e não há identificação do denunciante.

“Canal de denúncias aberto – http://mj.gov.br/escolasegura E ainda há extremistas achando que ‘liberdade de expressão’ protege ameaças e agressões contra crianças, adolescentes e educadores”, escreveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em uma rede social.

Sem data para acabar

A Operação Escola Segura não tem data para acabar. As ações envolvem a atuação de forma integrada de 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública (Polícia Civil e Polícia Militar).

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o monitoramento ocorre com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da coordenação-geral de Inteligência da pasta e de delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras.