30/11/2016 - 12:09
Os insumos para a produção agropecuária responderam por 11% do PIB Agropecuário em 2015. O movimento foi de R$ 151 bilhões, mas tem potencial para ir muito além
Welles Pascoal
O presidente da Dow AgroSciences no Brasil, o agrônomo Welles Pascoal é merecedor de uma medalha olímpica. Como líder de uma das patrocinadoras oficiais da Olimpíada Rio 2016, Welles fez questão de desenvolver projetos de sequestro de gás carbônico junto com produtores rurais no País. Através do estímulo de práticas de agricultura sustentável e de precisão, foram zeradas as emissões de gases liberados durante o evento. O compromisso inicial era mitigar 500 mil toneladas de CO2 equivalente, mas foi possível triplicar a meta, chegando a 1,5 milhão de toneladas.
Laercio Giampani
A mudança de comando global em nada abalou a liderança do agrônomo Laercio Giampani, presidente da Syngenta no Brasil, que faturou no mundo US$ 13,4 bilhões no ano passado. Isso porque a gigante suíça, especialista em defensivos agrícolas e biotecnologia, foi adquirida por US$ 43 bilhões pela estatal chinesa ChemChina. Giampani continua focado em seu trabalho de disseminar cada vez mais tecnologias para suportar a produtividade no País. A diretriz é do projeto The Goof Growth Plan da Syngenta, que visa estimular o crescimento da produção de alimentos.
Eduardo Leduc
O engenheiro agrônomo e músico Eduardo Leduc, 58 anos, é uma das personalidades mais marcantes do agronegócio brasileiro. Como vice-presidente sênior de Agricultura da Basf para a América Latina, o executivo busca inovar sempre, além de valorizar e enaltecer o trabalho do agricultor no campo. Sua campanha mais recente “Agricultura, o maior trabalho da terra”, foi lançada em agosto deste ano e amplamente divulgada pelas redes sociais. Ao todo, o trabalho já supera 2,4 milhões de visualizações. Um trabalho que já serve de referência para a alemã Basf mundialmente.
Rodrigo Santos
Modernidade e inovação estão no DNA do agrônomo Rodrigo Santos, 43 anos, presidente da Monsanto no Brasil, gigante que faturou globalmente US$ 15 bilhões no ano passado. Ele é considerado um dos executivos mais influentes do agronegócio por promover a disseminação tecnológica a serviço do desenvolvimento da agricultura. Este ano, por exemplo, Santos encabeça um projeto em colaboração com a Microsoft para estimular o investimento em startups voltadas para o agronegócio. As duas companhias aportarão R$ 300 milhões para financiar ferramentas digitais voltadas para a agricultura no País, um mercado que vem crescendo nacionalmente.
Ariel Maffi
Especialista em desafios, o argentino Ariel Maffi, 55 anos, quer estimular a intensificação da pecuária, que hoje ainda representa cerca de 10% do rebanho nacional de 212,3 milhões de bovinos. Como vice-presidente da holandesa DSM no Brasil, dona da marca Tortuga e com um faturamento de R$ 10 bilhões no País, Maffi lançou a segunda edição do Tour DSM de Confinamento, que segue até este mês, com eventos nos principais confinamentos do País para divulgar essa cultura.
Eduardo Estrada Whipple
Há dois anos no comando da presidência da Bayer Crop Science para o Brasil e a América Latina, o engenheiro agrônomo guatemalteco Eduardo Estrada Whipple, 50 anos, tem feito a diferença no desenvolvimento da empresa, que há 120 anos atua em solo nacional, e caminha para ser a maior fornedora de insumos agrícolas do mundo. Whipple apostado na expansão dos negócios da companhia, que investiu R$ 213 milhões no País, 9% a mais do que em relação ao ano anterior. Os investimentos são para modernizar as instalações de pesquisa e desenvolvimento e estimular projetos socioambientais.
Jose Francisco Ortiz Collado
O melhoramento genético do gado brasileiro, nos últimos anos, tem ganhado o apoio estratégico do veterinário mexicano Jose Francisco Ortiz Collado, presidente da americana Zoetis no Brasil. Há pouco mais de um ano no comando da empresa, que faturou US$ 4,8 bilhões no ano passado, Collado passou a ser um dos grandes influenciadores de programas de genética bovina no País, como é o caso do apoio ao Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho (Gerar) e da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, que têm medido a eficiência dos programas de melhoramento dos pecuaristas.
Stefan Mihailov
O veterinário Stefan Mihailov, 49 anos, presidente da americana Phibro Saúde Animal no Brasil tem se tornado um grande expoente para a atividade pecuária brasileira. Isso porque Mihailov lançou o conceito do boi 7-7-7, um sistema no qual o pecuarista passa a engordar o boi de forma mais rápida e eficiente. A ideia tem revolucionado a atividade pecuária pelo Brasil afora e conquistou o respaldo da equipe de pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), unidade de Colina (SP).
Priscila Vansetti
A presença feminina no mundo corporativo do agronegócio brasileiro tem na figura da engenheira agrônoma Priscila Vansetti, 58 anos, sua expressão máxima. Além de ser a CEO da Dupont Brasil, a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto nos 79 anos de história da companhia americana no País, é a também a única mulher a alcançar o posto da presidência de uma empresa multinacional com inserção no agronegócio. Sob seu comando estão 2,3 mil funcionários e uma operação que faturou
US$ 1,4 bilhão no ano passado.
Lair Hanzen
Os esforços do executivo Lair Hanzen, 49 anos, presidente da norueguesa Yara Fertilizantes no Brasil, tem potencializado os negócios da multinacional no País. Este ano a empresa anunciou um aporte de
R$ 5 bilhões em investimentos para modernizar e amplicar seu complexo industrial em Rio Grande (RS), saindo de uma capacidade de produção anual de 800 mil toneladas de adubo para 1,2 milhão de toneladas. O projeto levará cerca de cinco anos para ser concretizado. A ideia de Hanzer é tornar a multinacional cada vez mais brasileira.
Vilmar Fistarol
O comandante do grupo italiano CNH Industrial para a América Latina, Vilmar Fistarol, teve uma influência bastante decisiva ao favorecer, ao longo deste ano, os investimentos dos produtores rurais na aquisição de máquinas agrícolas. Mesmo com o cenário de falta de crédito subsidiado pelo governo, Vistarol fez questão de estimular ferramentas de vendas com a criação de novas opções de crédito ao produtor rural. O consórcio e o barter foram as alternativas lançadas por sua marca de máquinas agrícolas New Holland.
“O setor do agronegócio foi o único que cresceu no ano passado, em 1,8%, e continua respondendo às adversidades do momento econômico. O Brasil é líder em produção de carne bovina, frango, suco de laranja, café, soja, algodão e lidera também a adoção de tecnologias no campo. Hoje há urgência por produtividade e melhoria de custos para atender a uma demanda crescente. A imagem da marca Agro-Brasil precisa evoluir muito, interna e globalmente. O governo instalou um plano para aumentar em até 10% o percentual no comércio mundial de produtos agropecuários, uma excelente iniciativa para fortalecer nossa marca em mais de 150 países. O desafio é de médio prazo, mas merece atenção. Afinal, no duro jogo das transações globais é preciso se adiantar às necessidades dos parceiros. Além disso, a sustentabilidade, a segurança alimentar e as práticas de produção aumentaram sua relevância na mesa de negociações de contratos globais. O campo faz por merecer.” Jorge Espanha, presidente da Merial