RISCO TOTAL: pescadores trabalham dia e noite em busca dos crustáceos; atividade é considerada a mais perigosa do mundo

Reclamando do seu emprego? Conforme-se, pois existem trabalhos muito piores que o seu. Imagine-se, por exemplo, em pleno mar de Behring, no Alasca, enfrentando mares revoltos, baixíssimas temperaturas e trabalhando em média 18 horas por dia em busca de caranguejos gigantes. É exatamente este o trabalho de alguns pescadores norte-americanos. Atraídos por salários polpudos, que podem chegar a US$ 100 mil por poucos dias de trabalho, estes profissionais arriscam suas vidas no que é considerado o emprego mais perigoso do mundo. O trabalho é relativamente simples: jogar armadilhas cheias de iscas no mar e depois retirar os covos lotados do fundo do oceano. Quem se habilita?

70 barcos têm licença para pescar os caranguejos gigantes. Todo o trabalho tem que ser feito em apenas duas semanas, que é o período em que o governo dos Estados Unidos libera a pesca no Alasca. Por isso, quanto mais tempo trabalhando, melhor.

90 toneladas é o total de crustáceos pescados por cada um dos barcos durante a temporada de inverno no mar de Behring. Cada embarcação é composta por apenas cinco homens, mais o capitão, responsável por detectar os caranguejos.

10 dólares é o valor pago pelo quilo do caranguejo gigante. Cada tripulante tem direito a uma porcentagem (que varia entre 1,5% e 5%) do total pescado. Alguns pescadores recebem até US$ 100 mil por duas semanas de trabalho.

141,7 mortes por 100 mil trabalhadores. Esta foi a taxa de mortalidade no último ano, o que torna a profissão a mais perigosa do mundo. Se considerarmos a pesca apenas no mar de Behring, este número sobe para 262 mortes por 100 mil.