O contrato futuro mais líquido do ouro voltou a subir nesta segunda-feira, 15, após três sessões em queda, ganhando fôlego com o dólar mais fraco ante rivais e diante de incertezas sobre o teto da dívida americana, que estimulam a busca por ativos seguros.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,14%, a US$ 2.022,70 por onça-troy.

Segundo Edward Moya, da Oanda, o ouro pode estar pronto para mais um recorde, à medida que negociações sobre o teto da dívida americana chegam a novos obstáculos e com sinais de que a economia dos EUA enfraquece, diante de uma queda brusca do índice de atividade industrial Empire State.

“O que pode complicar os ganhos do ouro é se os sinais de estagflação crescerem e os riscos de mais aperto do Fed forem justificados. No curto prazo, o ouro ainda parece atraente, dada toda a incerteza com os riscos de inadimplência dos EUA”, diz ele.

O analista Craig Erlam, da Oanda, também aponta que a “ansiedade” em torno do teto da dívida americana poderá ser um catalisador para o metal precioso, pela busca por ativos mais seguros diante da possibilidade de inadimplência. “Quanto mais nos aproximamos da possibilidade de um default, mais nervosismo pode surgir, ponto em que o ouro parece muito mais atraente”, afirma.