O contrato futuro mais líquido do ouro registrou queda, depois de ter sido impulsionado momentaneamente após a desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) em abril, na comparação anual, mas perdendo fôlego com interpretações de que o Federal Reserve (Fed) não deverá cortar os juros neste ano.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,28%, a US$ 2.037,10 por onça-troy.

O ouro chegou a operar a US$ 2.056 por onça-troy depois da publicação do CPI, mas foi pressionado pelas expectativas de analistas de que, mesmo que a pausa no ciclo de aperto monetário ocorra em junho, os juros devem seguir em território restritivo. Segundo análise da Capital Economics, o CPI sugere que as taxas deverão seguir elevadas por mais tempo que o previsto pela consultoria anteriormente.

O território restritivo pode dar força não só ao dólar, mas aos rendimentos dos Treasuries, o que é sinal negativo para o ouro, já que os bônus e o metal concorrem como alternativa segura de investimento.

Entretanto, apesar de previsões um pouco menos atraentes, o metal precioso está em alta de quase 10% até agora em 2023.