O contrato mais líquido do ouro fechou a quarta-feira, 22, com sinal positivo, diante de uma fraqueza do dólar ante rivais e da queda dos juros da ponta longa dos Treasuries. Ainda, o apetite por risco diminuiu no mercado na reta final do pregão, apoiando a busca por segurança, à medida que a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no período da tarde, ainda se aproximava.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em alta de 0,44%, a US$ 1.949,60 por onça-troy.

Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, o ouro segue acima das mínimas observadas antes da turbulência bancária, entretanto, uma posição mais hawkish por parte do Fed pode fazer com que o ouro caia, com o primeiro suporte sendo US$ 1.900 por onça-troy e o segundo, de US$ 1.860 por onça-troy.

Já o TD Securities avalia que a commodity provavelmente deve manter tendência de alta, potencialmente superando a marca de US$ 2.000 por onça-troy.

Segundo o banco de investimentos, o mercado pode perceber como “blefe” mensagens hawkish do Fed após as recentes turbulências bancárias, considerando que o aperto monetário deve ajudar a aprofundar um pouso forçado e a aliviar a inflação.