O contrato mais líquido do ouro fechou nesta segunda-feira, 24, em alta, beneficiado pela queda do dólar ante rivais e também pelo recuo dos juros dos Treasuries, com investidores ajustando expectativas para as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,46%, a US$ 1.999,80 por onça-troy, sem conseguir alcançar a marca de US$ 2 mil por onça-troy.

Na visão do analista Craig Erlam, da Oanda, o ouro, apesar de estar em nível elevado, segue instável no geral, ao passo que incertezas sobre perspectivas econômicas fazem com que o metal precioso parasse perto dos recordes. “Embora os traders não pareçam particularmente dispostos a desistir do ouro, o fato de que as expectativas das taxas de juros se tornaram um pouco mais duras recentemente tornou o momento um desafio”.

Já a consultoria Heraeus Precious Metals destaca que as expectativas de que o Fed eleve as taxas em maio seguem altas entre investidores, e também recorda que um aumento da taxa no curto prazo pode pressionar o preço do ouro. Pouco antes do fechamento deste texto, a ferramenta FedWatch do CME Group apresentava chance de alta de 25 pontos-base (pb) nos juros do Fed em maio em 91,4%, ao passo que a possibilidade de manutenção nas taxas era de 8,6%.

Entretanto, a Heraeus destaca que, “se os EUA entrarem em recessão, o ouro pode avançar à medida que o Fed reduz as taxas”.