O contrato futuro mais líquido do ouro fechou nesta segunda, 20, com sinal positivo, chegando a operar acima de US$ 2.000 por onça-troy pela primeira vez desde março de 2022, impulsionado pela busca de segurança de investidores em meio à turbulência bancária e diante de um dólar fraco ante rivais.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em alta de 0,47%, a US$ 1.982,80 por onça-troy. Mais cedo, a commodity operou em alta de 2.014,90 por onça-troy, alcançando máximas em um ano.

Segundo o TD Securities, o ouro subiu “à medida que a crise bancária ameaça acelerar a trajetória da economia em direção a um pouso forçado”. De acordo com análise do banco de investimentos, a turbulência do setor bancário aumentou a demanda física pela commodity. Já segundo a avaliação da corretora Marex, “as negociações de aquisição no fim de semana em torno do Credit Suisse pouco fizeram para amenizar os temores dos investidores no início desta semana”.

Na visão de Craig Erlam, da Oanda, o próximo “teste” de alta para o metal será nesta quarta-feira, quando o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, poderá dar sinais sobre as próximas decisões de política monetária. “Sua contraparte no BCE optou por permanecer de boca fechada sobre movimentos futuros e uma abordagem semelhante do Fed poderia ver o ouro subir mais uma vez”.

*Com informações da Dow Jones Newswires.