O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 20, com o metal impulsionado por uma desvalorização do dólar, que torna a commodity, cotada no ativo americano, mais atraente para detentores de outras moedas. Além disso, houve recuo nos juros dos Treasuries, que competem com o ouro na busca por segurança, o que tende também a dar força às cotações do metal. Os movimentos estiveram ligados à divulgação de indicadores da economia dos Estados Unidos.

O ouro para junho fechou em alta de 0,59%, em US$ 2.019,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os preços do ouro se recuperaram na quarta-feira, mas ainda é possível ver mais pressão para baixo nos preços do ouro se os rendimentos continuarem subindo, mas isso estagnou um pouco após uma recuperação decente nos últimos dias, aponta o analista da Oanda Craig Erlam.

“Ainda parece que os mercados estão se recuperando após a crise bancária no mês passado e acho que ainda não chegamos nem perto disso. As ramificações completas nos mercados de crédito e na economia logo ficarão claras, após o que poderemos ver um ajuste significativo nas expectativas de taxas de juros, mercados de títulos e, portanto, ouro”, afirma o analista. “Se esse ajuste for muito menor para as taxas, os recordes de preços podem não estar tão longe”, indica Erlam.

Nesta quinta, o dólar se desvalorizava de forma generalizada, com a aceleração dos pedidos de auxílio-desemprego, que foi interpretada pela Oxford Economics como um sinal de que o aperto do mercado de trabalho americano está diminuindo.