O ouro fechou em queda nesta sexta-feira, 7, pressionado pelo avanço dos juros dos Treasuries e do dólar sobre moedas rivais – movimentos que ocorreram diante do payroll (dado de emprego) de setembro nos EUA, que reforçou a visão de mercado de trabalho forte e perspectiva de aumento de juros no país. Na semana, contudo, o metal precioso se valorizou em mais de 2% e se firmou novamente acima do patamar de US$ 1,7 mil.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,67% hoje e avançou 2,23% na semana, a US$ 1.709,30 por onça-troy.

Similar ao movimento de quinta-feira, o ouro se enfraqueceu por conta de dados fortes do mercado de trabalho nos EUA, que impulsionaram o dólar e os juros dos Treasuries. O primeiro encarece o metal precioso, enquanto os retornos concorre, com o ouro como ativo de segurança de investidores.

No geral, porém, “foi uma semana excelente para preços de metais preciosos em geral”, destaca a Capital Economics, em relatório.

De acordo com a casa, os ganhos foram puxados por movimentos robustos no início da semana, quando o dólar e o juro da T-note de 10 anos estavam em tendência de queda. A melhora do apetite por risco entre investidores, vista no mercado acionário, ajudou a impulsionar o ouro, acrescenta.

Entre metais preciosos, a prata teve o movimento mais forte, com ganho semanal superior a 6%. De acordo com a Capital, isso se deve à sua natureza de baixa liquidez, o que a deixa mais suscetível a períodos de maior volatilidade. Para o restante de 2022, no entanto, o ouro deve se sustentar melhor, projeta.

“Não esperamos que a prata brilhe tanto no resto deste ano, pois achamos que a fraca demanda de investimento será agravada por dificuldades no setor eletrônico global. É por isso que esperamos que ela se saia um pouco pior que o ouro até o final de 2022”, avalia a consultoria.

Nesta sexta, a prata para dezembro negociada na Comex fechou em queda de 1,96%, a US$ 20,255 por onça-troy.