O contrato mais líquido do ouro fechou nesta quinta-feira, 25, em queda, pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e pela força do dólar ante outras divisas. Ainda, novas precificações sobre um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais rígido diminui o fôlego das commodities.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 1,06%, a US$ 1.943,70 por onça-troy.

O fortalecimento do dólar e dos juros dos Treasuries no exterior pesou sobre o mercado de metais preciosos e de energia, em meio ao impasse sobre o teto da dívida dos EUA e dados macroeconômicos demonstrando uma economia americana resiliente.

Nesta quinta, órgãos públicos norte-americanos divulgaram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 1,3% na taxa anualizada, avanço na inflação de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) e alta abaixo do esperado nos novos pedidos de auxílio-desemprego – o que sinaliza mercado de trabalho ainda robusto.

Na visão do analista da Oanda, Edward Moya, investidores de Wall Street parecem precificar agora mais uma alta nos juros básicos do Fed e a próxima rodada de dados sobre inflação pode continuar mantendo o ouro sob pressão. “O consumidor está muito forte e isso não mudará rapidamente, pois o mercado de trabalho está enfraquecendo lentamente”, pontua Moya. “Mas, eventualmente, um estresse significativo no mercado do teto da dívida deve levar a alguns fluxos de porto seguro para o ouro.”