O ouro fechou em queda nesta quarta-feira, 26, à medida que investidores ponderam sobre o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o cenário da economia dos Estados Unidos.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,42%, a US$ 1.996,00 por onça-troy.

Mais cedo, o metal precioso operava em alta, estendendo ganhos da terça-feira em meio a preocupações com o setor bancário dos Estados Unidos e beneficiado pelo enfraquecimento do dólar no exterior.

Contudo, o ouro inverteu sinal no início da tarde. Para o TD Securities, o metal teria atingido o seu “nível máximo” e traders estão relutantes em tomar uma ação, sugerindo que a precificação de cortes nos juros do Fed ainda não estão “alimentando o interesse” pela commodity.

Nesta quarta, a ferramenta de monitoramento do CME Group indica que o mercado está precificando menos cortes até o final do ano, com o intervalo de 4,25% a 4,50% liderando as apostas (37,6%), seguido (32,8%) pela faixa de 4,50% a 4,75%.

“Continuamos projetando que a precificação de cortes nos Fed funds se firme em 2024, o que deve apoiar preços mais altos de metais preciosos”, aponta o TD.

Em relatório, o Bank of America (BofA) analisa que o fim do ciclo de aperto monetário será “crítico” para o ouro, tendo em vista principalmente a demanda de Bcs.

O banco observa que o ouro pode ser utilizado como opção ao dólar na busca por ativos de segurança em meio ao combate à inflação.

“A economia global parece caminhar para um mundo multipolar e a moeda dos Estados Unidos nas reservas cambiais oficiais caiu de cerca de 70% há duas décadas para 58% atualmente”, destaca o BofA.