O contrato futuro mais líquido do ouro fechou nesta sexta-feira, 28, quase em estabilidade, observando uma queda dos juros dos Treasuries e alguma busca por segurança, em meio a renovadas preocupações sobre o setor bancário após novo tombo do First Republic Bank, mas sem suporte do câmbio, que opera misto.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em leve alta de 0,005%, a US$ 1.999,10 por onça-troy. Na semana, o metal teve alta de 0,43%.

A notícia da CNBC de que a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) está conversando com bancos sobre a possibilidade de ofertas para compra do First Republic Bank fez com que a instituição voltasse a apresentar fortes perdas em suas ações, chegando a cair quase 40%, levando investidores a uma busca por ativos de segurança.

Entretanto, apesar da alta desta sexta, o Commerzbank alerta para a semana que vem, quando as atenções estarão voltadas para o mercado da commodity devido as decisões monetárias do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central Europeu (BCE).

“Não são tanto os aumentos das taxas de juros em si que são importantes para o ouro, mas sim o teor das declarações que acompanham e as observações feitas pelos dois chefes do banco central, Powell e Lagarde, nas coletivas de imprensa subsequentes”, destaca o banco alemão, indicando que, caso haja um “tom sóbrio” nas coletivas, referindo-se à inflação elevada, o preço do ouro poderá ser prejudicado.