31/03/2020 - 12:56
São Paulo, 31 – A Ouro Fino Saúde Animal divulgou comunicado ao mercado na noite da segunda-feira, 30, no qual informa que vai propor durante a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, ser realizada em 30 de abril de 2020, a distribuição parcial dos dividendos, por causa das incertezas provocadas pela pandemia por coronavírus.
A empresa pretende realizar o pagamento dos juros sobre capital próprio no montante líquido de R$ 836.434,55 (montante bruto de R$ 944.647,00), retendo o saldo remanescente dos dividendos mínimos obrigatórios no montante de R$ 10.154.473,75, “com o intuito de preservar a liquidez à luz dos investimentos futuros projetados pela companhia”.
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A Ouro Fino destaca que, no Brasil, assim como na maioria dos demais países em que atua, a saúde animal está listada como atividade essencial, pois se insere na cadeia do agronegócio. “Assim, manteremos as operações nas nossas plantas industriais, o atendimento comercial remoto ao cliente e logística de distribuição, visando abastecimento dos distribuidores, revendas agropecuárias e clientes finais.”
A empresa de saúde animal diz, ainda, que está ciente dos riscos operacionais relacionados à pandemia do Covid-19, avaliando impactos de possíveis cenários de atrasos nas importações de insumos, em especial da China e da Índia, “minimizados pelos atuais estoques de segurança existentes, tanto de matéria prima, quanto de produto acabado no Brasil, México e Colômbia”.
Riscos negativos de mercado e da economia também estão sendo considerados, informa a empresa. Entre eles, possíveis impactos nas vendas e aumento da inadimplência, que podem ser mitigados pela pulverizada carteira de clientes e consequente possibilidade de ativação destes comerciantes, pecuaristas e veterinários de formal virtual e eletrônica, além da desvalorização das moedas frente ao dólar.
A Ouro Fino ressalta que mantém parte de suas receitas atreladas ao dólar pela atuação nos mercados internacionais e pela característica de vendas convertidas de dólar para real nas cadeias de proteínas de aves e suínos para integradores no Brasil, funcionando como uma proteção (hedge) natural de variações do câmbio. Para reforçar a posição de caixa e liquidez, a companhia afirma que tem renovações e captações de empréstimos em andamento.