Com os ataques frequentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central (BC), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que, além de não ter nenhuma proposta do governo para rever a autonomia do órgão, não há nenhuma pressão sobre “qualquer mandato”, em referência ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Padilha, porém, disse que a lei de autonomia tem de ser seguida por todas. “Tem lei que nós defendemos, tem que ser seguida, acompanhada e cumprida por todos”, disse após reunião do Conselho político de coalizão no Palácio só Planalto.

Nesse quesito, o ministro afirmou que cabe ao Senado e à sociedade acompanhar o cumprimento da lei. “Acreditamos que todos diretores do BC vão se esforçar para cumprir a lei. O que pode existir por parte do Congresso é acompanhar se lei do BC está sendo cumprida.”

Padilha também afirmou que não houve, em nenhum momento, por parte do governo, um pedido para a convocação de Campos Neto para dar explicações ao Congresso. Segundo ele, o Planalto tem diálogo com a direção do BC, inclusive com o presidente. “Governo está tranquilo no diálogo, nas reuniões que possam ser necessárias respeitando autonomia.”