Em 2022, os pagamentos por aproximação chegaram a R$ 572,4 bilhões, alta de 187,8% em relação ao ano de 2021, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O crescimento se deu pela maior adoção dessa modalidade pelos brasileiros, com gastos de tíquete mais alto.

“Chegamos a quase 40% das transações presenciais feitas por aproximação”, disse Rogério Panca, presidente da Abecs, em coletiva de imprensa. Ele ressaltou que essa modalidade é segura, em muitos casos, mais do que a inserção do cartão com a digitação da senha.

Panca destacou ainda as transações não presenciais, que chegaram a R$ 700 bilhões, alta de 22,8% em um ano. Este crescimento foi sustentado pelo crédito e pelo pré-pago – o débito teve volume 20,6% menor em compras não presenciais.

“Praticamente 33% das transações de cartão de crédito são não presenciais”, acrescentou o presidente da entidade.

Golpes

O presidente da Abecs reafirmou que o setor de pagamentos não conseguiu comprovar a existência de golpes envolvendo os pagamentos por aproximação com cartões. Além de um suposto golpe em que criminosos encostam uma maquininha no bolso das vítimas para “roubar” pagamentos de cartões com tecnologia NFC, nas últimas semanas, surgiram notícias de um golpe em que as maquininhas de estabelecimentos comerciais seriam capturadas por hackers para impedir os pagamentos por aproximação.

Nesse último caso, a intenção seria fazer com que os clientes inserissem o cartão na leitora e digitassem a senha, o que levaria ao roubo dos dados. “Não conseguimos comprovar (a existência de) golpes com aproximação”, disse Panca.

Ainda de acordo com ele, o setor está seguro com os padrões adotados para a modalidade, que ultrapassou volume de R$ 570 bilhões no ano passado e deve crescer novamente neste ano.

Panca disse ainda que o setor tem buscado outras padronizações. “Estamos trabalhando na padronização de código de barra de pagamento com cartão.”