Milhares de turistas lotaram o centro histórico de Santana de Parnaíba, ontem, para apreciar a arte dos tapetes coloridos cobrindo 850 metros de ruas da cidade. A expectativa da prefeitura era de que 30 mil pessoas fossem ao município para a retomada da tradição, suspensa nos dois últimos anos em razão da pandemia.

De manhã, ao menos mil pessoas trabalharam na confecção dos tapetes, usando serragem colorida, borra de café e outros materiais. O artista plástico S. Maia, nome artístico do desenhista e pintor Alcides Soares Maia, autor dos 60 desenhos principais, acompanhou os trabalhos desde as 5 horas da manhã. “Foi gratificante. Aos poucos, as ruas foram se enchendo de cores.”

Às 15 horas, a procissão com o Santíssimo Sacramento iniciava o percurso pelas ruas do centro histórico. Um grande número de fiéis já se aglomeravam em frente à Igreja Matriz, onde seria celebrada uma missa campal. “Percebemos um entusiasmo grande do público com a volta da festividade nas ruas”, disse o artista.

FAMÍLIAS. Em Itu, no interior paulista, famílias inteiras sentaram-se no asfalto para encher de cores os desenhos do tapete que cobriu toda a extensão do centro histórico. Também às 15 horas, teve início a missa solene na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária. Cerca de 500 voluntários acordaram de madrugada para montar os tapetes para a procissão em Matão – foram usadas 70 toneladas de materiais.

PROFISSIONAIS DE SAÚDE. Em Jundiaí, os fiéis da paróquia São João Bosco produziram 400 metros de tapetes no bairro Eloy Chaves. Em Itapetininga, os moradores enfeitaram as ruas com um tema diferente: “Pandemia, saúde, paz e Sagrada Eucaristia”. Os tapetes foram decorados com fotos dos profissionais de saúde da cidade que trabalham na luta contra o coronavírus.

Já em São Manuel, as celebrações de Corpus Christi deste ano buscaram garantir a inclusão de pessoas com deficiência visual. Pela primeira vez, foi montada uma estrutura que contou com totens para fazer a descrição dos eventos em braile e em áudio.

Em Campinas, os fiéis se reuniram na Basílica do Carmo, no centro, para fazer um tapete de 50 metros de comprimento. Foi a primeira vez que a basílica participou da tradição. A confecção dos enfeites coloridos foi retomada também em São Luís do Paraitinga, em Santos e na Praia Grande, no litoral sul do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.