04/09/2012 - 12:02
A indústria de laticínios colocou o Estado de Santa Catarina como campeã de crescimento na industrialização de leite nos últimos cinco anos, segundo levantamento feito pela Associação Leite Brasil. A região ocupa, atualmente, a quinta posição no ranking nacional, com participação de 8,0% no total de leite produzido no país e a sexta na industrialização (8,2%).
Fato importante é o desempenho do Estado nos últimos cinco anos. De 2007 a 2011, o ritmo de avanço da industrialização do leite no Brasil foi de 5,5% ao ano, como divulgado recentemente pela Leite Brasil. Santa Catarina registrou, no mesmo período, crescimento de 13% ao ano; aumento que superou o desempenho dos principais Estados na produção de leite, como Paraná (11,6%), Rio Grande do Sul (7,2%), São Paulo (3,8%), Minas Gerais (3,6%) e Goiás (1,4%).
Segundo dados de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Santa Catarina detêm, ainda, a maior produtividade média de rebanho leiteiro, com 2.432 litros/vaca/ano, se comparada com a média do país, que foi de 1.340 litros/vaca/ano.
De acordo com dados do CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – de julho de 2012, o produtor catarinense recebeu, em média, R$ 0,79 pelo litro do leite, enquanto que a média nacional foi de R$ 0,85 por litro. Este fator tem atraído cada vez mais empresas da indústria de laticínios para a região e impulsionado a produção.
Os produtores catarinenses aplicam tecnologia na gestão de suas propriedades, além de investirem em pastagens, melhoria no manejo, inseminação artificial e uso de indicadores de desempenho; fatores que explicam o sucesso de Santa Catarina. Não se trata, portanto, de ser grande ou pequeno produtor, como no caso da maioria dos que atuam naquele Estado. O relevante, neste cenário, é a busca do aumento da produtividade e redução dos custos por meio de uma gestão profissional.
Para Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, Santa Catarina é essencial para o desenvolvimento da produção nacional de leite. “Esta região do País dá o exemplo de como um pequeno produtor de leite pode trabalhar com eficiência, aumentando sua produção e produtividade na cadeia nacional.”