29/06/2016 - 19:22
Os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para reduzir as emissões de gases de efeito estufa têm como componentes-chave a recuperação de pastagens degradadas e o fim do desmatamento ilegal. Realizado na manhã desta terça-feira (28), o 47º Café com Sustentabilidade da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) abordou o papel da pecuária sustentável no cumprimento desses objetivos e como o Brasil poderá alavancar a produção pecuária sem agredir o meio ambiente. Fernando Sampaio, Presidente do GTPS, palestrou no evento.
Moderado por Luiz Fernando Amaral, Diretor de Responsabilidade Social Corporativa do Rabobank, o painel contou com a participação de Carlos Tuma Delbin, Gerente Geral de Assessoramento Técnico ao Agronegócio do Banco do Brasil, e do Pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Eduardo Assad, além de Sampaio.
De acordo com Fernando Sampaio, com a incorporação de tecnologias sustentáveis na produção, a pecuária brasileira consegue suprir com a demanda interna e externa utilizando menos área. “A previsão é de que em 2030 as áreas de pasto voltadas a pecuária alcançarão 161 milhões de hectares, liberando 17 milhões de hectares para a agricultura, florestas e a restauração florestal prevista no Código Florestal”, comenta.
O pesquisador Eduardo Assad enalteceu a relevância da pastagem bem manejada para atingir os compromissos assumidos pelo Brasil para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “Quando a produção é realizada em um pasto bom, acontece a mitigação da emissão de carbono. O pasto sequestra carbono e fixa no solo, transformando o Gás Metano em Gás Carbônico equivalente. Nosso boi não é produzido em cima de uma placa de cimento. Precisamos analisar todo o ciclo de vida da produção de carne bovina”, diz. Fonte: Ascom