Goiás se prepara para um grande salto, a partir de 2015, em áreas plantadas para fins comerciais, com mais produtividade e agregação de valor. A intenção é somar 200 mil hectares de florestas plantadas em quatro anos, além da implantação de grandes indústrias de base florestal.

Os produtores e empreendedores que participam da Câmara Setorial de Produtos de Base Florestal do Estado, a Câmara Florestal, estão animados para uma redenção do quadro vigente nos últimos anos, que vinha sendo de excesso de oferta de produtos de baixa qualidade e carência de condições de desenvolvimento.

Segundo o presidente da entidade, Ricardo Cantaclaro, desde o ano de 2013, o setor vem se estruturando baseado em planejamento estratégico com análises situacionais e definição de projetos e linhas de ação. “Uma delas foi criar a Câmara Florestal, que agrega os diversos segmentos e cuida do encadeamento produtivo com foco no mercado e incremento da produção e de negócios. Outras
visam crescer a produção e a competitividade para alcançar maior participação nos mercados de energia, construção movelaria e outros, aproveitando a grande demanda consumidora na região”, explica Cantaclaro.

O governo estadual se sensibilizou com o quadro negativo e a grande disposição dos produtores, aliada ao enorme potencial socioeconômico do Setor de Base Florestal, e se dispõe a tomar medidas de fomento. Cantaclaro relata que neste ano um grupo de trabalho, com representantes governamentais e da Câmara Florestal, elegeu medidas diversas no âmbito de vários órgãos da
administração estadual, de grande importância para solucionar problemas e entraves, e impulsionar o desenvolvimento.

Essa relação integra um Protocolo de Intenções para implementar o Programa Goiás Florestal Competitivo, firmado entre o governo de Goiás e a Câmara Florestal em solenidade no Palácio Pedro Ludovico. “A expansão da área de florestas plantadas e a industrialização merecem todo estímulo do governo de Goiás” – José Eliton, vice-governador do Estado Câmara Florestal de Goiás. 

Estiveram presentes e assinaram o documento o vice-governador, José Eliton, o referido presidente da Câmara Florestal e os titulares das seis secretarias mais diretamente envolvidas nas ações previstas, que representaram também vários outros órgãos a elas jurisdicionados.

Ricardo Cantaclaro mostra ainda que puseram suas assinaturas no grande Pacto de crescimento os presidentes de associações e sindicatos da cadeia produtiva de base florestal – Associação Goiana de Silvicultura e Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira, e os presidentes das entidades líderes do agronegócio de Goiás, as Federações das Indústrias (FIEG) e da Agricultura (FAEG), além da SGPA. E ainda os da Câmara da Indústria da Construção, do Sindicato de Comércio de Materiais de Construção e da Associação dos Produtores de Borracha.

O secretário de Gestão e Planejamento, Leonardo Vilela, ressaltou que “Goiás tem um potencial imenso de crescer nessa atividade econômica que pode gerar muitos empregos e mais valor à produção. O Programa Goiás Florestal Competitivo se insere nas políticas de incentivo aos setores produtivos no Estado, que vêm impulsionando o seu crescimento acima da média nacional nos últimos 10 anos. As atividades de base florestal empregam muita gente, são importantes para muitos dos nossos municípios e, portanto, merecem toda a atenção do governo”, arrematou Vilela. “O Programa Goiás Florestal
Competitivo impulsionará muito o setor de base florestal no Estado”. – Leonardo Vilela, secretário do Planejamento