A Petrobras arrematou sozinha Norte de Brava, bloco no pré-sal da Bacia de Campos, em leilão conduzido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Este era o mais visado dos 11 blocos ofertados à iniciativa privada na manhã desta sexta-feira, 16, no Rio de Janeiro.

A estatal ofereceu à União um porcentual de 61,75% do “óleo-lucro” ou excedente em óleo da produção do campo, maior que o mínimo de 22,71% exigido em edital, o mais alto da disputa.

A Petrobras já tinha confirmado que exerceria o direito de operar as atividades no bloco, com porcentual mínimo de 30% de participação, mas como sua proposta superou a feita pelo consórcio formado por Equinor e Petronas (30,71%), não dispensada a sua confirmação como operadora.

O óleo-lucro é a parcela da produção de petróleo e gás natural a ser repartida entre União empresa vencedora. Trata-se da diferença entre o total produzido e o equivalente em óleo de royalties, custos e investimentos na operação.

Além dessa parcela da produção futura de Ágata, a Petrobras também terá de pagar à União R$ 511,6 milhões na forma de bônus no momento da assinatura do contrato. Este bônus de assinatura também era o mais alto da disputa.

Os percentuais e valores a serem pagos por Norte de Brava são altos porque o risco da exploração na área é baixo. A Petrobras já produz com sucesso em blocos contíguos, indicando bom volume de óleo acessível no bloco ora leiloado no Norte da Bacia de Campos.

Norte de Brava tem apenas 147,6 quilômetros quadrados e “elevado potencial” para descobertas de petróleo e gás natural, segundo informado pela ANP para todos os blocos oferecidos. A agência exige que o programa exploratório mínimo, com perfuração de ao menos um poço, seja executado dentro de sete anos.