12/05/2020 - 15:39
A Petrobras informou que iniciou na segunda-feira, 11, a realização de testes rápidos para detectar contaminação pelo novo coronavírus (covid-19) na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A medida foi iniciada semanas após ser aplicada em empregados que acessam as plataformas da companhia e diante do aumento de casos positivos observados nas unidades de refino, de acordo com denúncias de trabalhadores.
Segundo a Petrobras, as refinarias, térmicas e unidades de tratamento de gás (UPGNs) da companhia em todo o País começam a ser atendidas esta semana, por meio de contratos com laboratórios ou distribuição de kits de testes rápidos adquiridos pela empresa.
“Serão priorizados os profissionais de saúde de todas as unidades e as equipes operacionais nos Estados onde o quadro de saúde é mais crítico, como o Amazonas (já implementado para as operações no polo Arara/Urucú e Reman, com expansão dos testes para as térmicas), Ceará e Pernambuco”, informou a estatal em nota.
Nesta terça, o Sindicato dos Petroleiros do Ceará informou que 93% do contingente de uma única plataforma hibernada no Estado, ou 42 trabalhadores, tiveram a contaminação por covid-19 confirmados. Outras duas também registraram casos de contaminação.
De acordo com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), as refinarias têm apresentado sucessivos casos de contaminação, sendo os mais recentes registrados na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão.
A Petrobras informou que já foram realizados mais de 8 mil testes para covid-19 entre os seus mais de 46 mil empregados próprios, prestadores de serviços e contactantes de casos suspeitos.
A companhia afirmou que testa todos os colaboradores com suspeita. A estratégia de testagem da Petrobras segue as recomendações das autoridades sanitárias e órgãos reguladores.
“Este tipo de exame detecta a presença de anticorpos no sangue e, portanto, é útil para identificar pessoas que possam estar com uma infecção ativa há alguns dias, porém sem manifestação de sintomas, assim como aquelas que possam ter tido uma infecção assintomática no passado”, informou a companhia.
A Petrobras não confirma os casos delatados pelos sindicatos, alegando que seria violação de privacidade dos seus empregados.