A Petrobras voltou a afirmar nesta sexta-feira, 14, por meio de comunicado, que monitora continuamente os mercados e evita repasse imediato das volatilidades externas e do câmbio aos preços. O texto padrão já utilizado em outras ocasiões é uma resposta a notícias veiculadas na mídia.

Apesar de não especificar a qual reportagem se refere, o posicionamento acontece em meio a publicações na imprensa relacionadas a pressões governamentais sobre a política de preços da estatal no período de eleições.

Conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, membros da diretoria da Petrobras receberam uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos combustíveis até a realização do 2.º turno das eleições, em 30 de outubro.

Essa pressão sobre a petroleira foi ampliada depois que o grupo que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) anunciou o corte na produção de dois milhões de barris de petróleo por dia a partir de novembro, o que já provocou alta dos preços no mercado internacional. Esse é o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia de covid começou.

No comunicado divulgado nesta sexta, a companhia também voltou a reforçar o compromisso com preços competitivos e em equilíbrio com o mercado.