Os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo, nesta quinta-feira, 30. O recuo do dólar colaborou para o movimento, com investidores atentos também a notícias do setor e a sinais sobre a economia da China, polo crucial para a demanda pelo óleo.

O WTI para maio fechou com ganho de 1,92% (US$ 1,40), a US$ 74,37 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho avançou 1,26% (US$ 0,99), a US$ 79,27 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O petróleo já subia no início do dia, recuperando-se de perdas no dia anterior. Além disso, o movimento para baixo do dólar torna os contratos, cotados na moeda americana, mais baratos para os detentores de outras divisas, o que colabora para apoiar a demanda.

Na China, o premiê Li Qiang disse que a retomada econômica ganhou força em março, além de reafirmar compromisso com a abertura para o mundo. Na avaliação do Barclays, esse impulso chinês é sobretudo uma questão doméstica e o petróleo até agora não reagiu à reabertura econômica local. O banco acredita que a reação modesta ao impulso chinês ocorre pelo superávit global “significativo” no óleo neste momento, enquanto a indústria dá sinais de perda de fôlego e a Rússia continua a conseguir escoar sua produção, mesmo com sanções por causa da guerra na Ucrânia.

Entre notícias do setor, a expectativa era de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não alterasse sua atual política de cotas de produção, em reunião prevista para esta segunda-feira. A Navellier, por sua vez, ainda via influência no mercado do óleo de problemas em um oleoduto no Iraque, que afeta exportações do país por uma disputa com autoridades curdas.