Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 12, na sexta sessão positiva para o WTI, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA pressionar o dólar para baixo e com a reabertura da China no radar de investidores.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,27% (US$ 0,98), a US$ 78,39 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,65% (US$ 1,36), a US$ 84,03 o barril. O WTI avançou pelo sexto dia consecutivo, o que marcou a maior sequência diária de ganhos desde fevereiro do ano passado.

Os preços do petróleo foram beneficiados pelos resultados da inflação dos Estados Unidos (CPI), que desacelerou pelo sexto mês consecutivo e pressionou o dólar para baixo, visto que a commodity é cotada na moeda americana.

Segundo Edward Moya, analista da Oanda, o relatório “apoia a ideia de que o Fed pode estar perto de terminar de aumentar os juros em breve e que a economia dos EUA pode evitar ou ver apenas uma recessão superficial”.

A ideia de que os EUA podem escapar de uma recessão profunda também foi mencionada pelo presidente da distrital de Filadélfia do Federal Reserve (Fed), Patrick Harker, que destacou que, apesar de prever um crescimento modesto do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, não prevê uma recessão, o que seria benéfico para a demanda do petróleo.

Já na visão da Capital Economics, a recuperação mais rápida da atividade chinesa aumentará a demanda por energia e, por consequência, seu preço. “Agora esperamos que o preço do petróleo Brent suba para US$ 95 até o final deste ano, em comparação com nossa previsão anterior de US$ 85”.

Ainda, a TD Securities acrescenta que, enquanto o mercado está cada vez mais otimista com as perspectivas para o petróleo bruto, ele também pode estar muito confiante em “relação à suposição de que os problemas estruturais do lado da oferta diminuíram materialmente”.

A empresa destaca que é provável que o limite de preço de US$ 60 o barril do petróleo bruto da Rússia reduza a oferta e que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisite seus cortes de produção este ano. Entretanto, a empresa vê os preços da commodity no fim de 2023 na casa dos três dígitos.

*Com informações da Dow Jones Newswires.