28/09/2020 - 17:10
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 28, recuperando parte das perdas acumuladas nos últimos pregões, diante de expectativas positivas pela aprovação de um novo pacote de estímulos nos EUA e sinais de maior demanda chinesa.
O petróleo WTI para novembro encerrou o dia em alta de 0,87%, a US$ 40,60 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para o dezembro avançou 1,08%, a US$ 42,87 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos futuros de petróleo chegaram o operar no negativo nesta sessão, mas, segundo Phil Flynn da Price Futures, reverteram o movimento com os investidores avaliando as palavras da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, que ontem sinalizou ser possível um novo plano de estímulos para combate aos efeitos nocivos do coronavírus no país. Flynn acrescenta que o preço do petróleo também teve apoio de relatório mostrando que o tráfego nas rodovias chinesas ultrapassou os níveis de 2019, “fazendo da China o motor global do aumento da demanda por petróleo”.
“As importações de energia dos EUA também aumentaram recentemente”, aponta a Capital Economics em relatório sobre as compras pela China, ressaltando que possivelmente o país aproveitou os preços despencando para importar. A consultoria avalia que a tendência não deve seguir, e importações dos EUA diminuirão no último trimestre, “porque as refinarias da China são normalmente configuradas para lidar com petróleo mais pesado do que o WTI dos EUA”.
O Commerzbank avalia que é pouco provável que o Brent caia rapidamente em virtudes de movimentos especulativos, tendo em vista o atual cenário dos contratos, visão compartilhada pelo ING. O banco holandês também aponta que trabalhadores na Noruega estão planejando greve em caso de falha nas negociações por pagamentos. A Associação Norueguesa de Petróleo e Gás afirmou que os produtores planejam cortar 22% da produção do país caso a paralisação avance, reporta o ING. Por outro lado, o petróleo sofreu pressão pelo aumento da oferta na Líbia, onde relatórios indicam que a produção diária chegou a 250 mil barris, frente aos 100 mil que vinha operando anteriormente, segundo o ING.
*Com informações Dow Jones Newswires.