Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em alta, durante sessão volátil e em meio a fraqueza do dólar no exterior, corrigindo parte das perdas de mais de 5% registradas na última semana.

O petróleo WTI para junho fechou com ganho de 1,14% (US$ 0,89), a US$ 78,76 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho avançou 1,31% (US$ 1,07), a US$ 82,73 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A Oanda nota que o petróleo iniciou a semana recuperando perdas e voltou ao nível em que operava próximo a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), mas reduziu em grande parte o fôlego oferecido pelos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados(Opep+). Mais cedo, os preços chegaram a cair, ante preocupações sobre demanda da commodity diante das incertezas sobre a economia global e aperto monetário de BCs.

Em relatório, o Bank of America (BofA) observa que a mudança nos gastos de consumidores com maior foco sobre o setor de serviços também alterou os padrões no consumo de petróleo, aumentando a demanda por combustíveis de transporte doméstico e reduzindo para combustíveis mais utilizados na indústria, como o diesel e o gás natural. O banco projeta que ambos devem ser pressionados: os combustíveis de transporte pela venda de veículos elétricos e os destilados pelo abrandamento da demanda no segundo semestre deste ano.

Além disso, o BofA projeta que as taxas de refinarias globais deve continuar crescendo durante o segundo semestre, apesar do cenário divergente de demanda e em meio a uma desaceleração das economias dos Estados Unidos e da Europa.

Ainda no radar, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciou que vendeu mais 1,1 milhão de barris de petróleo das Reservas Estratégicas nacionais (SPR, em inglês) na semana passada. A transação integra o plano de vender no total 26 milhões de barris ao mercado, o que deve acontecer até 30 de junho, segundo um acordo fechado com o Congresso americano em 2015. Com as vendas, os estoques totais das reservas estratégicas caíram para 366,9 milhões de barris, o menor nível desde 28 de outubro de 1983.

*Com informações da Dow Jones Newswires