Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 13, em uma sessão na qual ativos de risco foram apoiados pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de novembro, que apresentou desaceleração. O dado reforçou perspectivas de menor aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o que pressionou o dólar, movimento que dá forças à commodity, cotada na moeda americana. Além disso, perspectivas para a demanda com a reabertura na China seguiram observadas, além das repercussões do teto aos preços das exportações russas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em alta de 3,03% (US$ 2,22), a US$ 75,39 o barril, enquanto o Brent para fevereiro negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em alta de 2,48% (US$ 1,89), a US$ 77,99 o barril.

O movimento ainda recupera apenas uma parte do recuo de mais de 11% da semana anterior. O Swissquote menciona uma estimativa otimista do Goldman Sachs para a demanda pelo petróleo com a reabertura da China e também a possibilidade de que Moscou reduza mais sua oferta, para retaliar a União Europeia pelo teto de preços imposto ao petróleo russo.

Em relatório mensal, a estimativa para a demanda pelo petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no ano atual foi mantida em relação ao mês anterior, em 28,6 milhões de barris por dia (bpd), afirma a entidade.

O resultado representa um crescimento de cerca de 500 mil bpd em relação ao nível de 2021, compara. A Opep ainda informa que o crescimento na demanda pelo seu petróleo em 2023 também foi mantido, a 29,2 milhões de bpd, ou seja, um crescimento de 600 mil bpd ante o esperado para o ano atual.

Para a Capital Economics, a recente queda nos preços do petróleo diz uma coisa: que as preocupações com a demanda estão no comando. “Dado que esperamos uma nova desaceleração no crescimento global no primeiro trimestre de 2023, acreditamos que os preços possam cair ainda mais”, projeta. “A principal diferença entre nossas novas previsões de preço do petróleo e as antigas é que esperamos preços mais baixos no início de 2023. Embora nossas antigas previsões estivessem amplamente alinhadas com a visão de consenso entre os economistas, agora são mais baixas. Nossa nova previsão média para o petróleo Brent em 2023 é de US$ 80 por barril”, aponta a consultoria.