Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 21, diante de temores com a economia global, após a divulgação de índices de gerentes de compras (PMIs) europeus que mostraram novos sinais de fragilidade da indústria da região. Além disso, na véspera da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), a perspectiva de que o BC americano terá que deixar as taxas de juros em um patamar alto por mais tempo do que o esperado anteriormente continua preocupando.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em queda de 0,25% (US$ 0,19), a US$ 76,36 o barril. O Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perda de 1,21% (US$ 1,02), a US$ 83,05 o barril.

“Os preços do petróleo estão lutando com o retorno das preocupações com o crescimento global, depois que os dados da atividade manufatureira europeia são acompanhados por um aumento nos rendimentos dos títulos globais”, destaca Edward Moya, da Oanda. O PMI industrial da zona do euro caiu de 48,8 em janeiro para 48,5 em fevereiro, segundo dados preliminares divulgados hoje pela S&P Global. Na Alemanha, o PMI industrial sofreu nova queda, de 47,3 em janeiro para 46,5 em fevereiro, tocando o menor patamar em três meses.

“Os bancos centrais em todo o mundo estão prestes a levar a política a níveis ainda mais restritivos e isso está contrariando o ímpeto de reabertura da China”, acrescenta Moya.

De acordo com a Bloomberg, no último mês, as exportações russas de petróleo para a China atingiram o maior nível desde a invasão da Ucrânia, há um ano, e superaram o recorde estabelecido em abril de 2020. Para a Energy Intelligence, apesar das expectativas de retomada da demanda e aumento gradual de compras da China ao longo deste ano, essa dinâmica ainda não está presente. “Entre sazonalidade, manutenção de refinarias e China esvaziando seus estoques excedentes, a demanda segue morna e, nos Estados Unidos, os dados apontam para um acúmulo maciço de estoques, embora questionemos parte da qualidade desses dados devido a grandes ajustes”, pondera.

*Com informações da Dow Jones Newswires