09/03/2020 - 20:37
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 3,81% em 2019, calcula o afirma o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).
Por nota, o centro informa que o desempenho do setor representou 21,4% da atividade econômica total do País no ano passado. “É uma alta importante após dois anos sucessivos de resultados pouco favoráveis ao setor, que vinha sofrendo com preços relativos cada vez menores.”
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A pecuária foi o principal ramo, afirma os pesquisadores do Cepea. O segmento apresentou alta de 23,71%.
“Embora, em geral, a demanda interna não tenha atendido às expectativas dos agentes de mercado, tendo ficado enfraquecida em grande parte do ano, o bom desempenho das exportações de carnes foi um dos principais fatores a assegurar o excelente resultado do PIB do ramo”, informa o centro.
Basicamente, a Peste Suína Africana (PSA) nos países asiáticos causou um forte aumento na demanda mundial por carnes. Desta maneira, os preços internacionais das proteínas animais aumentaram, o que se refletiu na precificação doméstica.
Neste cenário, os empresários elevaram a produção e conseguiram vender bem mais para o exterior, com preços elevados. O Cepea informa que os volumes exportados de carne suína, bovina e de aves aumentaram 16%, 15% e 4%, respectivamente, no ano passado.
Na mesma esteira, os preços em dólares das carnes suína, de aves e bovina subiram 13,6%, 5% e 3,7%, respectivamente.
Separando apenas o ramo agrícola, houve recuou 3,46% no PIB de 2019. A pressão, na avaliação dos pesquisadores, ocorreu pela “queda de 13,95% no PIB do segmento primário agrícola, que, por sua vez, foi influenciado pela combinação entre crescimento do custo de produção e redução de preços de produtos importantes, como algodão, café, mandioca e soja”.
No entanto, a produção média ponderada das várias atividades agrícolas expandiu 1,89%, impulsionada pelas safras de algodão, banana, cana-de-açúcar, laranja e milho.