A secretária de Planejamento Nacional no Ministério do Planejamento e Orçamento, Leany Lemos, disse neste sábado que a proposta de Plano Plurianual (PPA) será colocada em consulta popular antes de ser enviada ao Congresso Nacional em agosto – junto com o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024.

Ela listou os três eixos prioritários para o governo na definição dos orçamentos dos próximos quatro anos: democracia; equidade, com inclusão e justiça social; e prosperidade, com crescimento econômico e sustentabilidade ambiental e climática.

Leany afirmou que o papel da pasta recriada no atual governo é criar ambiente, sinergias e convergências entre os 37 ministérios e todas as suas entidades vinculadas.

“Para ser bom, o planejamento precisa ser flexível, factível, ser capaz de sintetizar uma visão de futuro e nela acoplar as ações necessárias para se chegar a um resultado. O planejamento tem que ser simples em um mundo complexo, veloz e volátil”, afirmou, no painel “Quais são as Prioridades do Governo para o Atual Mandato?” do Brazil Conference, em Cambridge (EUA).

Segundo a secretária, nos primeiros 100 dias de governo, está sendo reconstruída a capacidade de o governo voltar a planejar, com o objetivo de melhorar as políticas públicas que são formuladas. “Para fazermos melhores alocações e escolhas, primeiro precisamos fazer melhores diagnósticos, termos melhor análise situacional, identificarmos causas raízes dos problemas e estarmos voltados para resultados e impactos”, detalhou.

Leany lembrou que nenhuma empresa ou organização social despreza um planejamento estratégico e, portanto, o setor público deveria fazer o mesmo. “Temos uma enorme escassez e diversos níveis de complexidade de governança, além de desafios de implementação. Nosso papel é muito de método, indução de coordenação”, completou.

Prioridade do governo

Leany Lemos, avaliou, ainda, que uma prioridade do novo governo é mostrar que é diferente da gestão anterior. Segundo ela, é papel do governo estar do lado da defesa das instituições democráticas.

“É importante que o Brasil mostre para o mundo o líder regional que é, e que está de certo lado, que é o da Carta de 1948. O País é capaz; e é importante que esteja de volta como player global do lado certo, da defesa dos direitos e liberdades individuais, do lado da democracia”, afirmou, no painel.