O Plano Safra 2024/25 deverá somar R$ 475 bilhões, sendo 400 bilhões de reais para o agronegócio e mais 75 bilhões para a agricultura familiar, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, à GloboNews.

Segundo Fávaro, entre os recursos para a agricultura empresarial, R$ 293 bilhões serão destinados para custeio e comercialização e outros R$ 107 bilhões para investimentos.

A equalização dos juros realizada com recursos do Tesouro deverá chegar a R$ 16,4 bilhões, acrescentou.

O anúncio do Plano Safra está marcado para esta quarta-feira, às 15h.

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O valor será maior do que os R$ 435,8 bilhões que foram liberados para todos os produtores (pequenos, médios e grandes) na safra atual 2023/24.

Fávaro também afirmou que o Plano Safra 24/25 é o maior da história e tende a ser “63% mais eficaz, eficiente”, já que além do maior volume de recursos houve queda dos custos de produção dos agricultores nos últimos dois anos.

O Plano Safra oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para produtores rurais. No âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estão o crédito rural e os programas destinados a médios e grandes produtores.

Mercado de arroz

Ao comentar sobre a situação do mercado de arroz, Fávaro disse não ver mais necessidade de realização de novos leilões para compra de arroz importado, já que os preços já teriam voltado à normalidade depois de “especulação” em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional do produto.

“Os preços já cederam, o arroz (está) voltando ao preço normal… Então, me parece que é mais plausível nesse momento a gente monitorar o mercado. Não havendo especulação, na minha avaliação, não se faz necessário novos leilões.”

O governo federal chegou a realizar em junho um certame para compra de arroz importado, mas a licitação foi anulada em meio a suspeitas de conflito de interesse envolvendo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, que deixou o cargo.

Segundo Fávaro, o novo Plano Safra terá linhas para estimular o aumento da produção de arroz no Rio Grande do Sul e também em outros Estados.