01/04/2008 - 0:00
FRIBOI FAZ SUA GRANDE AQUISIÇÃO
Omercado da carne recebeu com espanto a notícia de que o ex-ministro da Agricultura Marcus Vinícius Pratini de Moraes está de partida da Abiec rumo ao Grupo JBS, o Friboi. Durante os últimos seis anos em que comandou as exportações de carne no País, Pratini colocou o Brasil como o maior exportador do mundo, com um saldo de US$ 4 bilhões por ano. Agora, ele tem pela frente o desafio de gerenciar a maior empresa de carnes do planeta, dona de plantas e marcas em três continentes. Desde que abriu capital na Bolsa de Valores de São Paulo, o conglomerado liderado por Joesley Batista já desembolsou mais de US$ 3 bilhões em aquisições e agora, com Pratini, pretende transformar essa massa de empresas em uma sólida companhia.
AGROENERGIA
ETH abre a carteira
AETH, braço de energia do grupo Odebrecht, vai investir US$ 1 bilhão na construção de três novas usinas de álcool e açúcar que entram em funcionamento em 2011. De acordo com Eduardo Pereira de Carvalho, diretor estratégico da empresa, as unidades serão construídas na região de Nova Alvorada, em Mato Grosso.
FRUTAS
Pão de Açúcar tem fome de uva
Como estratégia de marketing para as frutas, o Pão de Açúcar tem promovido festivais temáticos. O último teve por tema a uva, um dos carros-chefes do Grupo. Até o dia 25 de fevereiro, 300 toneladas já haviam sido comercializadas. O maior volume, 65%, foi de uvas importadas. Segundo Marcos de Freitas, gerente comercial de frutas, legumes e verduras do Grupo, as importações diretas contribuíram para a queda do preço do produto.
ALÍVIO AO SETOR ARROZEIRO
Ufa! Recursos liberados
Aliberação de R$ 400 milhões para a comercialização do arroz deu um novo ânimo para o setor gaúcho. A verba era negociada desde o ano passado e dependia da votação do Orçamento da União, que ocorreu no mês passado. Conforme o presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, os recursos tranqüilizam os produtores e dão garantias de um preço melhor na venda do cereal.
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
A arrancada do setor
Oano começou com a demanda aquecida para o setor de máquinas agrícolas. A explicação vem do alto preço das commodities, sobretudo a soja. Nos dois primeiros meses do ano, foram produzidos 12,4 mil máquinas no País, volume 72% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior. As colheitadeiras foram o destaque, com a venda de 940 unidades.
CAFÉ
Aceita uma xicrinha?
Oconsumo interno de café no Brasil teve uma evolução de 25% de 2003 para cá. Naquela época, as vendas internas alcançavam 13,7 milhões de sacas e hoje estão na casa de 17 milhões. O consumo per capita de café em grão foi de 5,53 quilos, o que dá aproximadamente 74 litros para cada brasileiro. Este volume aproxima o Brasil de países europeus. Na França o consumo é de 5,04 e na Itália de 5,63 quilos por habitante/ano.
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
Plástico de quinua
Cereal muito apreciado no Peru, a quinua virou alvo de estudos na Unicamp. A partir do material, foram fabricados biofilmes que apresentaram boas propriedades mecânicas e resistência à solubilidade. A pesquisa foi apenas exploratória, mas abre a possibilidade para que o cereal seja usado na fabricação de plásticos biodegradáveis.
PESQUISAS
Fapesp investe em bioenergia
AFapesp divulgou que terá um Programa de Pesquisas em Bioenergia (Bionen). Ele será dividido em seis módulos temáticos: produção de biomassa, produção de etanol e outros produtos a partir da celulose, novos processos em alcoolquímica, células a combustível com base em etanol, economia do etanol e produção de bioenergia e meio ambiente.
AQUISIÇÕES
O apetite do Marfrig
Estava quase certo que a empresa avícola Pena Branca, pertencente ao Grupo Predileto, iria para a Tyson Foods. Mas, na última hora, o Marfrig entrou na jogada, ofereceu US$ 53 milhões e levou. Na mesma semana, o Marfrig adquiriu o frigorífico DaGranja por US$ 58 milhões e a britânica CDB Meats Limited.
FRUTICULTURA
Pacote cambial beneficia setor
O setor de frutas comemorou o anúncio do pacote cambial feito pelo ministro Guido Mantega, que prevê a extinção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre vendas ao Exterior, que hoje tem a alíquota de 0,38%. Também está previsto o fim da exigência que as receitas com exportação das empresas sejam internalizadas no País.
Canal Rural de cara nova
Os telespectadores do Canal Rural têm novos motivos para grudar na telinha. A empresa estreou uma nova grade de programação. Apresentado pela jornalista Alessandra Mello, com participações de Luis Nassif, da Agência Dinheiro Vivo, o programa Agribusiness vai ao ar diariamente com inserções às 8h30 e 10h30. A dupla apresenta o ICV, índice econômico que mede o desempenho das dez empresas mais importantes do agronegócio listadas na Bovespa. Aos sábados, dois novos programas: Campos Opostos, com debates transmitidos direto de Brasília, e Grandes Fazendas, contando as histórias das mais tradicionais propriedades brasileiras, compõem as novidades televisivas.
OVINOS
Carneirinhos lucrativos
Os uruguaios nunca exportaram tanto ovino. De março de 2007 a fevereiro de 2008, as exportações do setor totalizaram US$ 318,2 milhões, 18,5% a mais que há um ano. Destaque para lã e produtos de lã que atingiram um total de US$ 251 milhões. As vendas de carne cresceram 12%, alcançando os US$ 51 milhões.
PESQUISA
Embrapa tipo exportação
AEmbrapa abrirá mais um escritório na Europa. A empresa, que já tem escritório em Montpellier, na França, agora terá base em Norwich, região leste da Inglaterra. A abertura é resultado do Ano Brasileiro-Britânico da Ciência & Inovação, lançado em 2007.
CAFÉ GOURMET
O segredo da Illy
Andrea Illy, presidente da Illycaffè fala sobre o blend responsável pelo sucesso da empresa, que este ano completa 75 anos:
1 – Você diz que a Illy tem um blend único. Como é possível se cada ano você tem um clima e um café diferentes?
Conseguimos com uma receita de nove ingredientes que têm por finalidade maximizar o perfil aromático da bebida, conseguir um ótimo equilíbrio entre amargura, acidez, doçura e também um bom corpo, que é fundamental para o espresso. Estes nove ingredientes correspondem a características organolépticas. Como compramos café de 14 diferentes países, alguns ingredientes podem receber grãos de diferentes países e, com a escolha de diferentes lotes de café, conseguimos manter o mesmo blend, o mesmo gosto, que é a promessa fundamental da Illy ao consumidor: qualidade e constância.
2 – Como você analisa o avanço do mercado de cafés especiais no Brasil?
O Brasil fez um enorme esforço nos dez últimos anos para melhorar a qualidade. E a Illy, com o lançamento do Prêmio Brasil de Qualidade do Café para Espresso há 17 anos, contribuiu para isso. Nos últimos 18 anos, o Brasil também decidiu estimular o consumo interno, aplicando um programa que foi promovido pela International Coffee Organization, que consiste em melhorar a qualidade e divulgar informações positivas sobre o café na saúde humana. O resultado foi excelente porque, nestes últimos dez anos, o consumo interno de café no Brasil aumentou 50%. O Brasil é o segundo consumidor de café no mundo e pode vir a se tornar o primeiro.
3 – A Illy tem algum novo plano para o Brasil?
Vamos homenagear o meu pai e estruturar a Fundação Ernesto Illy para promoção de pesquisas sobre a cultura cafeeira. A Illy sempre investiu no Brasil. É dele que compramos 50% do café que utilizamos.