01/09/2009 - 0:00
Fertilizantes
O Setor quer participar das discussões
O setor de fertilizantes está reivindicando participação nas discussões sobre o Plano Nacional de Fertilizantes. Segundo Mário Barbosa, presidente da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as indústrias não foram convidadas para as discussões e ficaram sabendo da possível estatal, do Brasil com a Rússia, na área via mídia. “Isso vai gerar empregos na Rússia e ‘desgerar’ no Brasil”, diz. O executivo lembra que os fertilizantes nacionais são taxados com ICMS, e os importados não.
Cacau
Cotação em alta
As cotações de cacau atingiram o maior preço dos últimos 24 anos na Bolsa de Londres. O motivo é a previsão de que a produção no próximo ano safra não atenderá à demanda da indústria. A razão é o envelhecimento da lavoura da Costa do Marfim, país que responde por 40% da produção mundial. Depois do pico da commodity, a tonelada de cacau se estabilizou em 2.109 libras esterlinas por tonelada.
Transgênicos
Mais aprovações
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança aprovou mais três variedades de milho geneticamente modificado (GM). Um é resistente a insetos, outro a insetos e tolerante a glifosato e o último, além da resistência a insetos, é tolerante aos herbicidas glifosato e glufusinato. Agora, o Brasil chega a nove variedades de milho GM.
Financiamento
Agricultura familiar em foco
A Petrobras Biocombustível e o Banco do Brasil assinaram o BB Convir, um convênio para financiar a agricultura familiar. Cerca de 60 mil famílias de agricultores terão acesso à linha de crédito. Serão destinados R$ 90 milhões ao cultivo de oleaginosas, como mamona e girassol, para a produção de biodiesel.
Motores no campo
Um Jeep para ir mais longe
A Jeep acaba de lançar uma nova versão da Grand Cherokee Limited movida a diesel. Com tração integral e 210 cavalos de potência, este utilitário de luxo é capaz de enfrentar qualquer terreno. O principal destaque, no entanto, fica por conta do consumo de combustível, cerca de 30% menor que o das versões movidas a gasolina. Segundo a montadora, a Cherokee roda em média nove quilômetros com um litro de diesel, o que garante uma autonomia de 720 quilômetros.
e mais…
Fôlego na cana
Dados preliminares mostram que a Fenasucro 2009 realizou um volume de negócios de aproximadamente R$ 2 bilhões
GE mais verde
A gigante do setor de tecnologia aproveitou a feira para mostrar inovações ambientais aos usineiros. Os processos limpos são uma tendência de mercado.
Café
Rumo ao Japão
O Café do Centro inaugurou a terceira cafeteria no Japão, que faz parte dos planos de expansão no continente asiático. A empresa também atende varejistas de luxo e outras importantes redes do país. Além disso, pretende inaugurar outras dez cafeterias em formato de franquias, em mercados como Taiwan e Filipinas.
Embrapa
Transferência de tecnologia
Maior detentora de tecnologias de clima tropical do mundo, a Embrapa, desde a sua chegada à África, está contribuindo para o desenvolvimento da agricultura daquele país, por meio da transferência de tecnologia. Gana, por exemplo, importou máquinas brasileiras para o plantio de mandioca, que está sendo cultivada em consórcio com soja e feijão.
leite
Cotas dividem UE
Os produtores de leite belgas jogaram milhões de litros de leite na rua. O protesto foi por causa do fim do sistema de cotas para o leite, previsto para 2015 e que deixa o mercado livre para a concorrência, a partir de 2016. Dos 27 países do bloco europeu, 19 se manifestaram favoráveis à nova regulamentação. No entanto, os ministros da Agricultura têm sido pressionados a rever a posição.
Reality show
Soja é a protagonista
O canal Rural lançou o Lavouras do Brasil, o seu primeiro reality show. Focado na soja, o programa acompanhará 24 horas por dia o que acontece nas plantações de Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, durante a safra 2009/2010. A finalidade é transmitir em tempo real informações que vão pautar o planejamento da próxima safra e a gestão da propriedade. O reality show conta com o apoio da Syngenta, Bunge e Massey Ferguson.
Algodão
Um round para o Brasil na OMC
O Brasil venceu os EUA no contencioso do algodão na OMC. O setor algodoeiro nacional denunciou os produtores ianques da pluma por receberem subsídios para a exportação. A subvenção gera uma concorrência desleal, que causa ao Brasil perdas anuais de US$ 2,5 bilhões. A OMC autorizou o Brasil a cobrar sanções de US$ 300 milhões, muito menos que o esperado, mas não deixa de ser uma vitória.
Cachaça
Brasil prestes a vencer a batalha
Os produtores de cachaça já podem preparar a festa. Segundo Vicente Bastos Ribeiro, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça, os EUA devem reconhecer a bebida como tipicamente brasileira no primeiro semestre do ano que vem. Os norte-americanos são um dos maiores importadores do produto e o fato é importante porque a produção da cachaça engloba cerca de 30 mil produtores brasileiros.
Código Florestal
…e a produção de alimentos
No discurso do Fórum de Sustentabilidade da Bunge, Kátia Abreu, presidente da CNA, questionou o Código Florestal. Segundo ela, se a lei fosse cumprida, teríamos que ter 71% do território brasileiro com mata nativa. “Temos 56% e hoje o brasileiro gasta 20% da renda com comida, quando no passado gastava 46%. Será que o Brasil aguenta ficar com 71% ou seria melhor deixarmos a agricultura com a porcentagem que está, 44%?”, diz.
Agronotícias
Mapa lança hotsite
O Ministério da Agricultura lançou um hot site do Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010. Para obter mais informações, o internauta deve acessar um dos dois endereços: www. planoagricolaepecuario.com.br ou www.planoagricola20092010. com.br. O objetivo é facilitar a divulgação de informações de crédito, apoio à comercialização e seguro rural.
Mídia
DINHEIRO RURAL é objeto de estudo
Neste mês, será lançado o livro Cenários comunicativos pela editora Iglu. A obra, organizada por Liana Gottlieb, traz as melhores monografias dos alunos da pós-graduação Lato Sensu da Faculdade Cásper Líbero. O tema de um dos capítulos é “Imprensa e Pecuária Bovina: um estudo de caso sobre as revistas DINHEIRO RURAL e Globo Rural”.
Café
Política agrícola
O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes informou que irá retirar dez milhões de sacas de café do mercado até 2010. A aquisição é para fazer estoques e garantir um preço melhor ao cafeicultor. Além disso, Stephanes anunciou uma linha de financiamento no valor de R$ 100 milhões que permitirá às cooperativas renegociar as dívidas com os produtores.
Etanol
Biocombustível no Rally Dakar
Klever Kolberg disputará o Rally Dakar 2010 com uma perua Mitsubishi Pajero Sport flex movida exclusivamente a etanol. Será a primeira vez que um piloto utiliza o combustível na prova, considerada a mais longa e difícil do gênero. Kolberg conta com o apoio da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e diz que a finalidade é “levar para o mundo a bandeira da energia limpa”.
Farmacêuticas
A aposta da Eurofarma na saúde animal
A farmacêutica Eurofarma está decidida a fortalecer sua presença no segmento de saúde animal. Após a compra de dez marcas da indústria veterinária Allvet, a empresa anunciou que irá inaugurar uma fábrica de vacinas contra a febre aftosa em breve.
Agrotóxicos
“O Brasil depende dos defensivos chineses”
Ma Chunyan é secretária-geral do Conselho das Indústrias Químicas da China e veio ao Brasil analisar as oportunidades do mercado de defensivos.
Dinheiro Rural – Quais são as oportunidades no mercado de defensivos brasileiro?
Ma Chunyan – O mercado brasileiro é o maior usuário de defensivos agrícolas do mundo e oferece muitas oportunidades. Elas nos parecem ainda maiores quando vemos resultados positivos, apesar da crise econômica. O uso desses produtos vem crescendo no Brasil, com uma expectativa de 6% de crescimento neste ano. Outro aspecto que nos leva a apostar no futuro é o aprimoramento da forma de produzir e as novas e melhores formulações dos produtos fabricados na China.
Rural – Como as empresas chinesas pretendem se fixar no Brasil?
Chunyan – Além dos motivos que apontam para boas oportunidades de negócios que mencionei, vale ressaltar que a China é hoje a maior importadora de soja do Brasil, o que estreita a relação bilateral. É um processo em que há interdependência: o Brasil depende dos defensivos agrícolas chineses e a China depende da soja brasileira. Sem dúvida, um bom motivo para que as empresas se fixem através de parcerias ou representantes.
Rural – Além do setor de defensivos agrícolas, vocês estão prospectando outros setores do agronegócio?
Chunyan – Isto depende de políticas adotadas pelo governo brasileiro. Os empresários chineses precisam conhecer melhor como se faz o registro de produtos e depois avaliarão a viabilidade dos negócios. Ainda estamos analisando o panorama do País, mas acredito que deve haver boas possibilidades de parcerias também em outros setores. Mas, neste momento, estamos analisando só agrotóxicos.
Rural – Ouvi dizer que o governo chinês estaria interessado em comprar terras no Brasil. Isso confere?
Chunyan – Nunca ouvi nada a respeito. Então devolvo a pergunta: como vocês conseguiram esta informação?