A nova Amazônia superlegal

Desde a década de 1970, o agronegócio tem alterado profundamente a dinâmica econômica do Centro-Oeste e Norte do País, com a criação de infraestrutura, formação de novas cidades e implantação de complexos agroindustriais. Um estudo apresentado no dia 21 de março pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, com base no censo agropecuário de 2006, do IBgE, mostra quais são as lavouras que se destacam na Amazônia Legal, área que compreende nove Estados e ocupa 5,2 milhões de quilômetros quadrados.

 

A laranja recua

A safra de laranja 2013/2014 deve recuar 23% em relação à anterior, em São Paulo e Minas Gerais, segundo a Associação Nacional da Indústria Exportadora de Suco de Laranja (Citrus BR). A previsão para a temporada, que começa em maio, é colher 241 milhões de caixas, ante 364 milhões colhidos na safra passada.

 

Nova praga no Paraná

Uma nova praga, a australiana vespa-da-galha, preocupa os produtores de eucalipto paranaenses. Ela reduz o crescimento e o vigor da planta,que fica suscetível a outras pragas e pode morrer. Como o surto é recente no Brasil, registrado em 2008, na Bahia, ainda não há um controle eficiente dessa doença. Caso seja detectada em viveiros, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná recomenda a destruição imediata das mudas infectadas. Um projeto de pesquisa sobre a nova praga está em articulação entre a Embrapa e as universidades.

 

Etanol celulósico

A Raízen, joint venture entre a Shell e a Cosan, do empresário Rubens Ometto da Silveira, para a produção de açúcar e etanol, vai investir R$ 200 milhões na implantação da sua primeira usina de etanol celulósico no Brasil, que será construída na usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP). O plano de negócios prevê que a fábrica do etanol de segunda geração esteja pronta no fim de 2014, com capacidade instalada para produzir 40 milhões de litros do biocombustível a partir do bagaço e da palha da cana.

Redex agiliza exportações

O sul de Minas ganhou o primeiro Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), inaugurado em março, em Guaxupé, no complexo da Cooxupé, a maior cooperativa de cafeicultores do mundo. O Redex vai tornar o processo de exportação de mercadorias mais ágil e reduzir custos com transporte e logística. Será usado coletivamente e poderá receber produtos de outros segmentos.

 

Terminal ferroviário

A Cotriguaçu Cooperativa Central, de Cascavel (PR), formada pelas cooperativas Coopavel, C.Vale, Copacol e Lar, inaugurou em março a primeira fase de seu terminal ferroviário. O investimento feito em parceria com o governo paranaense é de R$ 200 milhões. Inicialmente, o terminal contará com uma câmara frigorífica para armazenar até dez mil toneladas de produtos congelados. Em uma segunda fase serão construídos três armazéns de grãos e um centro administrativo.

 

Ketchup Heinz é brasileiro

Antes importado, agora o ketchup Heinz é fabricado no Brasil. Desde o mês passado, o produto da americana H.J. Heinz, cujo controle foi recentemente adquirido pela 3G, do empresário Jorge Paulo Lemann, está sendo produzido em Nerópolis (GO). Outros produtos da Heinz, como os diferentes tipos de mostarda e os molhos, continuarão a ser importados.

 

Couro para a Gucci

A grife italiana Gucci escolheu o couro da fazenda São Marcelo, do Grupo JD, de Tangará da Serra (MT), para uma nova linha de bolsas, lançada no mês passado. Com esse couro certificado pela Rede de Agricultura Sustentável, instituição internacional que valida processos produtivos, a grife estreia no “Desafio Tapete Verde”, criado pela estilista da marca, Lívia Firth, para despertar a indústria da moda para a sustentabilidade. A São Marcelo, que tem 31 mil hectares, é conhecida pelas boas práticas de gestão socioambiental e por possuir duas reservas particulares de patrimônio natural.

 

Embrapa lança novos cultivares de soja

No mês passado, a Embrapa lançou novos cultivares de soja convencional e transgênica, adaptados às condições do Cerrado, especialmente indicadas para o cultivo em Goiás, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso. A variedade que mais se destacou é uma de soja convencional rústica, que não exige muita fertilidade do solo, tolera períodos de estiagem e possui um porte que facilita a colheita.

 

Dragagem no porto de Paranaguá

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais emitiu a licença para a dragagem de aprofundamento do porto de Paranaguá, no Paraná. Com isso, o governo federal pode iniciar o processo de licitação para contratar o serviço. Com a dragagem de aprofundamento, o Canal da Galheta – que dá acesso aos portos de Paranaguá e Antonina – passará a ter 16 metros de profundidade e a bacia de evolução, 14 metros.

 

Acordo entre as gigantes

A DuPont Pioneer, braço de sementes da DuPont, terá licença para trabalhar com tecnologias desenvolvidas pela Monsanto. A permissão abrange as chamadas novas gerações de soja, como a Roundup Ready 2 Yield. Em contrapartida, a Monsanto terá acesso a algumas patentes da DuPont Pioneer para desenvolver novas tecnologias. As duas multinacionais americanas também concordaram em esquecer as ações movidas na Justiça americana, que envolviam uma disputa sobre a patente da primeira geração de soja, a Roundup Ready.

 

A novata da saúde animal

A Zoetis, que era uma divisão de negócios da Pfizer, começa a atuar como uma companhia independente e espera ficar mais conhecida no mercado. A empresa nasce como líder mundial em saúde animal, com 18% das vendas mundiais e receitas de US$ 4,2 bilhões. O investimento anual em pesquisa é de US$ 360 milhões. 

 

Feira do zebu

Eduardo Biagi, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), fala sobre as expectativas para a 79ª edição da ExpoZebu, na cidade de Uberaba (MG), em maio, quando terá início o projeto ExpoZebu Dinâmica.

Quais são as novidades da feira?
Vamos lançar a ExpoZebu Dinâmica, um projeto para mostrar as tecnologias agropecuárias. O criador verá máquinas agrícolas em pleno funcionamento.

Qual é a importância do projeto?
Queremos, além da genética, apresentar componentes essenciais para intensificar a produção, como novas variedades de sementes para pastagem, por exemplo.

Estrangeiros são esperados?
Cerca de 500 empresários e criadores da Venezuela, Colômbia, Austrália e Índia, entre outros países. Vamos acompanhá-los em visitas direcionadas, um trabalho muito importante para firmar negócios internacionais.

Qual é a expectativa de faturamento?
Temos 42 leilões programados, mais no ano passado. Estamos otimistas e esperamos pelo menos repetir o faturamento de 2012, que foi de R$ 120 milhões.

 

Os melhores da década

O Rally da Safra, uma iniciativa da consultoria Agroconsult, de Florianópolis, completou uma década de trabalho. Para comemorar os dez anos dedicados à avaliação da produtividade das lavouras de soja e milho em todo o País, o projeto homenageou os agricultores que tiveram o melhor desempenho no período. O Grupo Bom Futuro, de Eraí Maggi, em Mato Grosso, levou o troféu “Produtor da Década”. A gaúcha SLC Agrícola recebeu o prêmio “Gestão da Propriedade Agrícola” e a paranaense Cooperativa Agrária Agroindustrial conquistou o prêmio de alta produtividade.

 

O biocombustível da alga

A estudante americana Sara Volz, 17 anos, de Colorado Springs, no Estado do Colorado, foi a vencedora do prêmio de US$ 100 mil da Intel Science Talent Search, a competição colegial promovida pela Intel, que premiou uma pesquisa sobre a produção de um biocombustível de algas.

 

O primeiro biológico da Bayer

Este mês, a Bayer CropScience, divisão de agronegócio da alemã Bayer, vai comercializar o primeiro produto biológico de seu portfólio brasileiro: o fungicida e bactericida Serenade, empregado no controle de doenças nas culturas da maçã, do morango e da cebola. Para ganhar mercado neste segmento, desde o ano passado a Bayer adquiriu duas empresas do setor: a americana AgraQuest e a alemã Prophyta GmbH. 

 

A praga do algodão

Para controlar o avanço da lagarta Helicoverpa armigera, que está atacando lavouras de algodão na região oeste da Bahia, o Ministério da Agricultura autorizou o uso de dois produtos biológicos e três químicos. O ministério criou ainda um gabinete de emergência fitossanitária, na Bahia, com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado.