Expansão dos seringais

O governo do Paraná vai subsidiar 50% do custo da muda de seringueira para incentivar o plantio nas regiões Norte e Noroeste do Estado. O Plano de Apoio ao Plantio da Seringueira, lançado no mês passado, estima que a área destinada ao cultivo da planta cheguará 35 mil hectares nos próximos 12 anos. Atualmente, a cultura ocupa apenas 2,8 mil hectares da área cultivada na terra das Araucárias.

O novo centro da BRF

Com o objetivo de duplicar, até 2015, os investimentos em pesquisa, a BRF inaugurou, em junho, um centro de pesquisas em Jundiaí (SP). Batizado de BRF Innovation Center, a unidade dispõe de modernos laboratórios, cozinhas experimentais e minifábricas para produção-piloto. O projeto teve investimento de R$ 58 milhões. Os antigos centros da Sadia e da Perdigão, localizados em Videira (SC) e em São Paulo, serão transferidos para Jundiaí.

A expansão da Basf

A alemã Basf vai investir mais de € 50 milhões para expandir o Complexo Químico de Guaratinguetá, no interior paulista. Atualmente, o complexo é a maior instalação da Basf na América do Sul. São 13 unidades que já produzem, por ano, 350 mil toneladas de mais de 1,5 mil produtos. A meta é aumentar a produção de fungicidas para o combate a doenças em culturas de soja, café, cereais e hortifrutis.

A certificação da soja

Segundo a KPMG International, somente 3% da soja cultivada no mundo é certificada de acordo com padrões de produção responsável. Um estudo divulgado em junho pela consultoria mostra que os altos custos de implantação das certificações e a falta de incentivos financeiros são as principais barreiras. Além disso, há uma fraca demanda por esse tipo de produto. A China, por exemplo, o maior importador mundial de soja, não exige protocolos socioambientais para o grão.

Xô, vassoura-de-bruxa

A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), de Ilhéus, na Bahia, lançou no mês passado o primeiro biofungicida para a cultura, chamado Tricovab. O produto tem em sua composição um agente natural que combate o fungo causador da vassoura-debruxa sem danos à planta. Nos testes em campo, os resultados foram de até 97% de eficácia contra a doença. A vassourade-bruxa é a principal praga da lavoura cacaueira.

Com as bênçãos da China

O governo chinês aprovou três variedades de soja transgênica de interesse do Brasil: a Intacta RR 2 PRO , da Monsanto, a CV127, da Basf e da Embrapa, e a Liberty Link, da Bayer CropScience. Essas variedades, resistentes a algumas pragas e tolerantes a herbicidas, podiam ser cultivadas no País, mas até agora isso não havia acontecido pelo fato de a China ser um grande importador da oleaginosa brasileira. Só em abril deste ano, o Brasil exportou sete milhões de toneladas do grão, dos quais 5,6 milhões foram para o país asiático.

Ucrânia volta às compras

A Ucrânia retomou a importação de carne suína do Brasil, suspensa em março, após o registro da bactéria listeria em alguns lotes. Antes do embargo, a Ucrânia era um dos principais destinos da carne suína brasileira, com vendas entre 10 mil e 12 mil toneladas por mês. Autoridades ucranianas habilitaram seis frigoríficos para retomar a exportação.

A energia do bagaço

A sucroalcooleira Biosev, controlada pela francesa Louis Dreyfus Commodities, inaugurou, no mês passado, a usina termelétrica Passa Tempo, localizada na unidade que leva o mesmo nome, em Rio Brilhante (MS). Com investimentos de R$ 163 milhões, a usina vai gerar energia elétrica a partir do bagaço de cana, com capacidade para supri-la e gerar um excedente de até 50 megawatts (MW), suficiente para atender a uma cidade de 300 mil habitantes. No total, a Biosev possui 12 termelétricas que podem gerar mais de 540 MW.

A favor do bem-estar animal

A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), apresentou em junho uma proposta que será encaminhada ao Ministério da Educação. O objetivo é pedir a inserção de disciplinas sobre bem-estar animal na grade curricular de faculdades de veterinária, zootecnia, ciências biológicas e áreas afins. O Brasil tem cerca de 300 escolas que oferecem esses cursos, mas apenas 90 apresentam o tema. A entidade defende que o mercado precisa de profissionais mais bem preparados e comprometidos com o bem-estar animal

Uva nova

O Grupo JD, que reúne as fazendas que já pertenceram ao Carrefour e hoje é um dos maiores produtores de uvas de mesa do Brasil, vai lançar cinco novas variedades da fruta até 2016. Uma delas terá sabor inspirado no algodão doce e outra será escurecida e alongada, como uma tâmara. Foram investidos R$ 4 milhões em pesquisa, em parceria com seis laboratórios estrangeiros e com a Embrapa. Atualmente, o grupo mantém um portfólio com dez variedades, como as uvas itália e niágara, em vinhedos nos Estados de Pernambuco e da Bahia, no Vale do São Francisco, um dos maiores polos de frutas do País. As uvas representam mais de 70% do faturamento da empresa, que chegou a R$ 130 milhões no ano passado.

Dorper no ponto

Valdomiro Poliselli Junior, criador de cordeiro dorper e dono da marca VPJ Alimentos, assinou uma parceria inédita no País. A partir deste mês, a carne vendida por ele passa a ser certificada pela australiana Aus-Meat.

Como foi costurada essa parceria?
A Associação Brasileira dos Criadores de Dorper nos deu o aval e a Gênesis, que representa a Aus-Meat no Brasil, fará a certificação dos cortes de carne de cordeiro.

Em quais etapas esses animais serão monitorados?
Para participar do programa, o produtor precisa se credenciar. Daí para a frente, os animais serão inspecionados no curral do frigorífico por técnicos do programa, e a auditoria será feita na desossa.

Qual é a previsão de abate?
Esperamos abater pelo menos 20 mil animais no ano safra, que vai de julho deste ano a junho de 2014.

Em quantos pontos de venda pode ser encontrada a marca VPJ no País?
Temos cerca de 500 pontos concentrados em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro, contando as lojas do Carrefour, as butiques e os restaurantes.