A Positivo Tecnologia reportou lucro líquido de R$ 8,5 milhões no primeiro trimestre de 2023. O valor representa queda de 70% ante igual intervalo de 2022, quando havia sido de R$ 28,4 milhões, segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira, 11.

“O negócio superou seu ponto de equilíbrio, mesmo com a baixa sazonalidade do trimestre. O lucro tem potencial para ser significativamente maior à medida que reduzimos as despesas financeiras e o endividamento líquido, bem como quando o CDI passar a cair”, afirma a Positivo.

Entre janeiro e março deste ano, o Ebitda da Positivo somou R$ 84,8 milhões, recuo anual de 32,4%. Já a margem Ebitda foi 12,1%, apenas 0,1% a menos do que no primeiro trimestre de 2022.

A empresa afirma que a queda do Ebitda foi impulsionada por uma forte base comparável do mesmo período de 2022, que incluiu R$ 430 milhões em receita bruta de projetos especiais, impulsionada pela maior margem bruta e pelas vendas em commercial, compensando a margem ainda muito pressionada em consumer.

Já a receita líquida da Positivo chegou a R$ 702,9 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 31,8% sobre o mesmo período de 2022.

A empresa finalizou o mês de março com dívida líquida de R$ 941 milhões, alta de 41,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. “O aumento da dívida foi necessário para sustentar o crescimento expressivo da receita da companhia ao longo de 2021 e 2022”, justifica a Positivo.

O índice de alavancagem (endividamento líquido / Ebitda LTM) da empresa foi de 1,5 vez ao fim do primeiro trimestre de 2023. Isso significou uma redução de 0,1 vez se comparado com o primeiro trimestre de 2022, assim como com o quarto, apesar da maior dívida líquida neste trimestre.

A Positivo também relata que teve geração de caixa positiva de R$ 241 milhões no primeiro trimestre de 2023, com recebimento no trimestre das fortes vendas realizadas no final de 2022. No período, o retorno sobre capital investido (ROIC, na sigla em inglês) anualizado da Positivo alcançou 29,2%, apresentando uma leve redução em relação ao quarto trimestre de 2022. A empresa afirma que isso foi causado pela sazonalidade desfavorável do trimestre.

Segmentos de negócio

A unidade de vendas no varejo (Consumer) da companhia encerrou o trimestre com faturamento de R$ 259,1 milhões, alta de 70,3% em relação ao mesmo período de 2022.

Enquanto isso, a área corporativa somou receita bruta de R$ 210,9 milhões, 36,3% inferior ao mesmo período do ano passado. A unidade de Instituições Públicas reportou receita bruta de R$ 384,6 milhões, crescendo 36,4% em relação ao mesmo período de 2022.