Em entrevista à CNN, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, negou que a Petrobras ainda seja o único agente do mercado de combustíveis no Brasil, e, por este motivo, disse não entender a pressão sobre a estatal para que pratique preços atrelados à importação (PPI).

“A Petrobras tem concorrência, todas as refinarias do mundo são concorrentes. No Brasil temos no Amazonas (Ream) e na Bahia (Mataripe)”, disse em entrevista sobre a nova política de preços da companhia, anunciada nesta terça-feira, 16. “Porque se importo 1% não posso vender ao preço de importação 99%”, completou.

A Petrobras responde por cerca de 80% do mercado de derivados. Cerca de 14% ficam com a Acelen e outros 5% são de outras pequenas refinarias e importações, principalmente de diesel.

Prates tem dito que a nova política é necessária porque a Petrobras vinha perdendo clientes para seus concorrentes, entre eles, importadores.

Ele voltou a dizer que o PPI era uma “abstração”, classificação utilizada por ele desde que assumiu a empresa. Segundo ele, o PPI não trazia a previsibilidade que cobram da estatal, e que a partir de agora será mais fácil administrar o preço de acordo com as oscilações normais do mercado.

“É um colchão limitado, mas manejando as refinarias conseguimos fazer a gestão disso”, explicou.