Os preços do cacau caíram nesta segunda-feira, 24, para o nível mais baixo em dois anos. Na bolsa de Londres, a tonelada da amêndoa terminou o dia valendo 3.826 libras, uma queda de 1,4% em comparação ao fechamento anterior, depois de chegar à mínima de 3.773 libras por tonelada ao longo do dia.

Segundo traders ouvidos pela Reuters, a queda nos preços é explicada pela remoção das tarifas sobre muitos produtos agrícolas no início do mês por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além disso, a decisão do governo europeu de adiar a entrada em vigor da nova legislação de desmatamento na União Europeia para dezembro de 2026, também ajudou a derrubar os preços do cacau nesta segunda-feira.

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As chegadas aos portos do maior produtor, a Costa do Marfim, também estão se recuperando após um início lento da temporada, segundo os traders. As chuvas acima da média na maioria das principais regiões produtoras de cacau da Costa do Marfim na semana passada devem apoiar o desenvolvimento da safra principal de outubro a março.

Os especuladores que operam na bolsa de Londres aumentaram sua posição líquida vendida em 3.737 lotes, para 22.748 lotes, na semana encerrada em 18 de novembro, segundo dados da bolsa. A medida sinaliza um aumento das apostas do mercado em novas quedas nos preços do cacau.

Já na bolsa de Nova York, as cotações da amêndoa tiveram uma valorização de 0,6% nesta segunda-feira. A tonelada encerrou o dia valendo US$ 5.190, depois de ter atingido uma mínima de 21 meses aos US$ 5.020.