O prefeito de Barueri, Rubens Furlan, anunciou nesta sexta-feira, 23, seu apoio à candidatura à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao tomar posição, Furlan se une a outros filiados ao PSDB que, em nome do chamado “voto útil” buscado pela aliança petista, desembarcaram da candidatura de Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto para se aliar a Lula logo no primeiro turno.

Com a senadora Mara Gabrilli (SP), o PSDB tem a vice de Tebet nestas eleições, mas enfrenta debande em todo o País frente à polarização consolidada em pesquisas de intenção de voto entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. O ex-senador Aloysio Nunes, por exemplo, já subiu em palanques do petista. Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, emitiu nota pública em que pediu voto pela democracia. A mensagem foi interpretada no meio político como apoio velado a Lula.

Furlan foi convencido a tornar público seu apoio a Lula pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice na chapa petista, de quem é próximo politicamente e dividiu as fileiras do PSDB por décadas. “A partir do momento que o doutor Geraldo Alckmin decide se aliar a toda a estrutura do Lula para o bem do Brasil, eu não tenho mais dúvida. Houve grande equilíbrio nessa chapa, capaz de fazer o Brasil dos nossos sonhos”, disse o prefeito de Barueri em vídeo ao lado de Alckmin e gravado por Márcio França (PSB), candidato a senador.

Governador de São Paulo por quatro vezes, Alckmin tem ampliado a interlocução com prefeitos do Estado em busca de apoio à chapa petista. Márcio França, que foi vice de Alckmin e um dos fiadores da aliança com Lula, tem prometido “passar a régua” nos tucanos paulistas para tentar liquidar as eleições presidenciais em primeiro turno.