O Prêmio Gerdau Melhores da Terra, tradicional premiação concedida pela metalúrgica Gerdau para o setor de máquinas e equipamentos agrícolas, foi entregue aos vencedores na manhã desta quarta-feira, 31, na usina Riograndense, em Sapucaia do Sul, RS. A iniciativa busca incentivar a inovação, o desenvolvimento da indústria e o aumento da produtividade no campo. Em abril, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto, outros dois equipamentos foram premiados.

Durante o evento, o vice-presidente executivo da Gerdau e coordenador do prêmio, Guilherme Gerdau Johannpeter, destacou que a mecanização do campo é primordial para assegurar a competitividade do setor. A Gerdau ampliou a oferta de produtos para o setor, ao passar a oferecer também aços planos a partir de julho, fabricados na unidade de Ouro Branco (MG), que recebeu investimento de US$ 1,5 bilhão. “O setor responde por 7% das entregas para indústria. Talvez esse número possa crescer, não de forma tão expressiva, em função desses novos produtos que ofertamos.”

Apesar da venda de máquinas agrícolas, segundo a Anfavea, ter recuado 26% no acumulado do ano, Johannpeter afirma que a perspectiva é positiva em razão do aumento da rentabilidade do produtor registrada em culturas como o milho, por exemplo.“Atingimos um fundo do poço e essa dinâmica está chegando ao fim”, diz. “Nós começamos a ver uma retomada do setor. Há bons sinais de otimismo vindos dos clientes a partir do que está acontecendo em Brasília”, afirmou, referindo-se ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que deve ser encerrado nesta quarta-feira.

Ele também comentou o aumento de 50% nas inscrições para o prêmio, que chegaram a 1,2 mil nesta edição, “Acredito que isso é resultado da retomada de investimentos e também da decisão de transformar o prêmio em bianual, mudança que implementamos em 2014”, diz. “Trata-se de uma decisão técnica, tomada em conjunto com as empresas que participam, e que nos dá um tempo maior de avaliar a performance dos equipamentos no campo”, diz.

Para o coordenador da comissão julgadora e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Renato Levien, com dois anos de intervalo, as empresas têm mais tempo de aprimorar os produtos, especialmente na categoria novidade. “É um avanço.” Ele destacou que o atendimento a normas de segurança, o manejo de solo, a distribuição de insumos e eficiência energética são algumas das principais questões contempladas nos produtos e projetos inscritos no prêmio. “Acho que a demanda por esses quesitos gera uma competição saudável entre as empresas”, afirma. “A preocupação com esses itens está mais concentrada nas grandes propriedades mas também chegará nas pequenas. Não há outra forma de trabalhar no campo hoje.”

Em 2016, em sua 33ª edição, a premiação recebeu inscrições de 63 máquinas e equipamentos e 1,1 mil trabalhos científicos. Foram percorridos 44 mil quilômetros para conhecer os trabalhos. Desde a sua primeira edição, em 1983, já foram mais de 900 mil quilômetros percorridos, 7, 5 mil usuários entrevistados e 263 prêmios concedidos e 6,2 mil inscritos.

Conheça os vendedores

Categoria Destaque

Agricultura de escala:
Troféu Ouro: Extratora de Grãos Outgrain 215, fabricada pela Marcher Brasil Agroindustrial S/A, de Gravataí (RS)

Troféu Prata: Ninho Coletivo de Produção de Ovos Férteis modelo MB, da empresa Big Dutchman Brasil Ltda, de Araraquara (SP)

Agricultura Familiar:
Troféu Ouro: Vagão Forrageiro Misturador Hidráulico VFMH 1.5, fabricado pela Ipacol Máquinas Agrícolas Ltda, de Veranópolis (RS)

Troféu Prata: Mixer M85 Vertical, da empresa Mary SRL, de Soriano, localizada no Uruguai

Categoria Novidade Expointer

Agricultura de Escala: Imperador 3.0, fabricado pela empresa Stara S/A Indústria de Máquinas Agrícolas, de Não-Me-Toque (RS)

Agricultura Familiar: Trator Agrale 4233, fabricado pela Agrale S.A., de Caxias do Sul (RS).

Categoria Pesquisa e Desenvolvimento

Pesquisador: Jardênia Rodrigues Feitosa, da Universidade Federal do Vale do São Francisco  (UNIVASF), Juazeiro (BA) e equipe, com a pesquisa Desenvolvimento de um sistema de aquisição de dados de baixo custo para avaliação de desempenho de tratores agrícolas

Estudante: graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental, Bruno Lima da Mota, da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Sinop (MT), com o projeto Protótipo de um sistema mecanizado para coleta de dados de perdas e distribuição de palhada na colheita mecanizada de soja