BIOENERGIA 
Cargill vai às compras

A americana Cargill negocia a aquisição de duas usinas de cana-de-açúcar do grupo paulista Antônio Ruette, localizadas nos municípios de Paraíso e Ubarana. De acordo com as empresas, faltam apenas alguns detalhes financeiros para o acordo ser fechado. Os ativos do Ruette, com capacidade de moagem de 3,7 milhões de toneladas por safra, está avaliado em cerca de R$ 700 milhões.

RECUPERAÇÃO
BrasilAgro no azul

A BrasilAgro, formada por fundos de investimento e especializada na compra e administração de terras e propriedades agrícolas, registrou um lucro líquido de R$ 180,8 milhões, no ano fiscal de 2015,  revertendo o prejuízo líquido de R$ 13,3 milhões registrado em 2014. O resultado foi alcançado com a venda da fazenda Cremaq, de 24,7 mil hectares, situada no Piauí, por R$ 270 milhões.

INVESTIMENTO
Syngenta reage à Monsanto

A multinacional suíça de agroquímicos Syngenta anunciou, no mês passado, que pretende recomprar mais de US$ 2 bilhões em ações. A medida tem por objetivo melhorar o retorno dos acionistas e também é uma resposta à Monsanto, que tentou comprar a empresa por US$ 46 bilhões. Para financiar a estratégia, a Syngenta deve vender os negócios de sementes vegetais.

ALTA NOS CUSTOS 
Alta nos custos

O custo de produção do arroz na safra 2015/2016, no Rio Grande do Sul, deve sofrer a maior variação dos últimos 21 anos. A alta é de 15% no custo total da lavoura, em um ano. Os principais motivos são o aumento das tarifas com energia elétrica, a valorização dos fertilizantes, as despesas com defensivos e os juros sobre o capital de terceiros.

SUÍNO
Recuperação no preço

Após queda desde o início do ano, o preço do suíno começa a se recuperar. Segundo dados da Scot Consultoria, no mês passado, a arroba teve alta de 28,8%, cotada a R$ 85, em São Paulo. Os reajustes no custo de produção e a boa demanda nos mercados interno e externo colaboram na retomada.

Análise do Mês
El Niño influencia safra de verão do Brasil


PAULO ETCHICHURY, sócio-diretor da Somar Meteorologia

Nos últimos meses, o fenômeno natural El Niño tem sido amplamente noticiado. O que é natural, afinal ele provoca alterações do clima em diversas partes do planeta. No Brasil, as preocupações estão relacionadas com os prováveis efeitos na próxima safra de verão. O El Niño poderá beneficiar os Estados do Sul do País e o Mato Grosso do Sul com a redução de estiagem no verão. Porém, poderá provocar atraso no plantio das lavouras nos Estados de Mato Grosso e Goiás, assim como o período de chuva que deve ser mais curto. O Sudeste poderá ter mais um verão quente e com chuvas abaixo da média, enquanto no Nordeste, o fenômeno deve reduzir as chuvas na região do Matopiba e causar uma seca severa, principalmente no sertão e no agreste.