A Associação dos Produtores de Sementes do Estado da Bahia (Aprosem-BA) realizou, em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), a “Noite de Esclarecimentos: Semente Legal”, nesta quarta-feira (09), em Luís Eduardo Magalhães – BA.

O público presente – formado por produtores rurais da região, vendedores de sementes e outros profissionais ligados à agricultura – participou de enquete e apontou quais seriam os principais “pirateiros” de sementes de soja da Bahia. Mais de 20 nomes foram apontados, dos quais 3 concentram 80% das respostas. A lista será protocolada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em forma de denúncia.

Através de palestras, o evento buscou disseminar informações sobre sementes de soja legal, ilegal e pirata, com objetivo de incentivar e orientar as práticas legais e combater as ilegais, integrando um conjunto de ações de combate à pirataria de soja que vem sendo realizadas em nível nacional e nos estados.

Palestraram ao público Celito Missio, presidente da Aprosem-BA; Marco Alexandre Bronson e Sousa, presidente da ABRASS; o Coordenador de Sementes e Mudas do Mapa, André Peralta; Genildo Santos, fiscal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e Paulo Roberto da Cunha, gerente regional da Monsanto.

Celito ressaltou aos presentes que a maneira mais barata de uma tecnologia efetivar-se em campo é através da semente, sendo ela o principal e mais importante insumo de uma lavoura.

Para Marco Alexandre, alguns agricultores ainda têm a ilusão de que poderão entregar uma semente não certificada sem pagamento de royalty, no entanto, isso não será possível e a cobrança de 7,5% na moega é realidade.

O gerente regional da Monsanto ressaltou que o sistema de cobrança para a próxima safra está alinhado com todas as tradings do país e não será possível deixar de pagar pela tecnologia utilizada. Ele lembra que a cobrança de 7,5% não representa apenas o valor do royalty, mas, também, uma indenização pela não conformidade com as normas. Ou seja, quem realizar o pagamento pelos meios legais irá pagar bem mais barato.

Refúgio

Durante o evento também foi lançado o Programa de Refúgio para a cultura da soja no MATOPIBA. Uma campanha publicitária foi apresentada ao público, e será iniciada em toda a região com objetivo de conscientizar o agricultor da necessidade de realizar refúgio em pelo menos 20% da área. A campanha mostra que, ao seguir as recomendações e adotar o refúgio, o agricultor está protegendo não só a tecnologia em si, mas sua atividade e o próprio “bolso”. Fonte: Ascom