A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou este ano 50 novos princípios ativos, substâncias utilizadas na fabricação de defensivos agrícolas. A liberação dessas moléculas atendeu a um antigo pleito do setor, beneficiando, principalmente, culturas como abacaxi, morango, laranja, pepino e cenoura, todas classificadas como minor crops (culturas menores).

O tema foi debatido ontem, quarta-feira (05/11), em reunião conjunta da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Câmara Setorial de Fruticultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Segundo o presidente da Câmara, Luiz Roberto Barcelos, essa foi uma das decisões mais importantes em 2014 para a atividade produtiva.

“Esse aumento do registro de moléculas dará mais eficiência ao combate às pragas e doenças”, afirmou Barcelos, que também preside a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

Outro assunto discutido no encontro foi a ampliação das vendas externas. Segundo Luiz Roberto, o Brasil tem um grande potencial de produção, mas não exporta o suficiente para atender à demanda internacional. O assessor técnico da Comissão de Fruticultura da CNA, Eduardo Brandão, disse que as principais dificuldades do produtor são as barreiras tarifárias e fitossanitárias e a falta de logística.