10/12/2015 - 16:09
Cerca de 50 produtores rurais, ambientalistas e representantes de empresas e governos participaram, em 02 de dezembro, do Diálogo sobre Boas Práticas Agrícolas e Água no Oeste da Bahia, encontro promovido pela The Nature Conservancy (TNC), maior organização ambiental do mundo, e pela Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio e alimentos do Brasil.
Realizado no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-BA), em Luiz Eduardo Magalhães (BA), o encontro teve como objetivo debater as conquistas e desafios dos produtores, empresas e governos locais quanto à expansão da produção sustentável de alimentos. As experiências compartilhadas pelos participantes, que incluem, por exemplo, técnicas de conservação do solo e da água aplicadas pelos agricultores, servirão de insumo para a elaboração de um Manual de Boas Práticas Agrícolas para o Oeste da Bahia, focado em minimização dos impactos da produção e em preservação dos recursos hídricos.
A TNC também apresentou um estudo inédito sobre a disponibilidade de recursos hídricos nas bacias da região e a relação entre o volume de água nessas bacias e o uso do solo para atividades agrícolas. Coordenado pela Gerente Adjunta de Ciências da TNC, Edenise Garcia, e pela especialista em hidrologia da TNC, Eileen Acosta, o levantamento apontou uma redução das vazões de água em corpos hídricos que abastecem o Oeste da Bahia, considerando-se séries históricas de, no mínimo, 30 anos.
“Este estudo chama atenção de todos os moradores da região para o fato de que é preciso construir uma gestão sustentável da água nesses municípios”, afirma Aline Leão, Especialista em Sustentabilidade da TNC e responsável pelo trabalho da organização no Oeste da Bahia.
A TNC desenvolverá novos estudos para colaborar com a tomada de decisões sobre como corrigir os efeitos negativos da atividade econômica e ampliar a segurança hídrica da região.
Outro tema discutido no encontro de 02 de dezembro foi a aplicabilidade de ferramentas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), no Oeste da Bahia. Segundo os debatedores, o reconhecimento financeiro ao trabalho dos produtores que conservam a floresta em pé é uma possibilidade para a região, mas novos estudos precisam ser elaborados para ampliar o entendimento sobre os custos e benefícios da adoção dessas práticas nos municípios daquele trecho do Estado.
Responsáveis pelo debate, TNC e Bunge trabalham há mais de três anos para desenvolver a agricultura sustentável em uma das áreas mais dinâmicas do Estado, a região próxima aos vizinhos Piauí, Maranhão e Tocantins. Fonte: Ascom