Para mitigar os efeitos da seca e aumentar a produção de leite na Bacia Leiteira de Iguatu, no Ceará, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em sua unidade Gado de Leite, fecharam uma parceria técnica para pesquisar e validar forrageiras de alta produtividade sob as diversas condições climáticas do Semiárido Nordestino.

Com vigência de um ano, a parceria tem como objetivos encontrar tecnologias para melhorar o manejo de pastagens e disponibilizar alternativas de alimentos para o gado sob às condições climáticas de Iguatu. Na região estão 5,8 mil produtores de leite. A condição climática associada à restrição técnica de produtividade dos rebanhos, alimentação deficiente em quantidade e qualidade e uso inadequado de manejo, tem colocado a produção média por animal, no Nordeste, em 824 litros/ano, contra 1.340 litros/ano de média
nacional.

O projeto será desenvolvido em três etapas, com recursos do Mapa na ordem de R$ 80 mil. A tarefa será identificar e indicar genótipos de sorgo e milheto para a produção de silagem na região de Iguatu, avaliar o efeito da associação de cinco fontes de fibra à palma forrageira na alimentação de vacas em lactação, e realizar a avaliação do impacto do uso de cultivares adaptados às condições semiáridas e de diferentes formas de uso da palma forrageira no custo de produção do leite.

A pecuária leiteira tem forte impacto no desenvolvimento social e econômico da Região Nordeste. Os resultados da pesquisa podem ser replicados em outras áreas da região que apresentam características climáticas semelhantes. Em todo o Nordeste há 410 mil produtores de leiteira.