As famílias brasileiras gastaram 0,82% a mais com habitação em fevereiro, uma contribuição de 0,13 ponto porcentual para a taxa de 0,84% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi puxada pelo aumento de 1,37% na energia elétrica residencial, que resultou numa contribuição de 0,05 ponto porcentual para o IPCA no mês.

As variações na conta de luz se estenderam desde um recuo de 2,04% em Rio Branco, onde houve redução de PIS/Cofins, até uma elevação de 6,98% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram incluídas novamente na base de cálculo do ICMS, assim como ocorreu em outras áreas, como Curitiba e Vitória.

Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, o instituto tem acompanhado há algum tempo essa volta das tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) na base de cálculo do ICMS, independentemente de decisão judicial. “Isso progressivamente foi sendo adotado pelas áreas, em algumas áreas ocorreu no mês de fevereiro”, explicou. “Vamos acompanhando tudo, tanto as decisões judiciais e, principalmente, quanto é cobrado efetivamente dos consumidores”, completou.

O aluguel residencial teve uma alta de 0,88% em fevereiro, 0,03 ponto porcentual de impacto no IPCA. A taxa de água e esgoto subiu 0,87%, devido a reajustes em Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Campo Grande e Brasília.

O gás encanado aumentou 1,04%, devido ao reajuste das tarifas e mudança na forma de cobrança em Curitiba.