R$ 10 o quilo do queijo é o valor pago pelo produto, vendido na própria região do queijo é o valor pago pelo produto, vendido na própria região

Que mineiro é louco por queijo todo mundo já sabe, mas quem pensa que a produção dessa iguaria se resume ao tipo frescal está enganado. Prova disso é uma comunidade localizada no município de Alagoa, no sul de Minas Gerais. A cidade está localizada entre as montanhas da Serra da Mantiqueira e tem no agronegócio o responsável 80% de sua economia. Como diferencial, produtores daquela cidade adotaram a fabricação do queijo tipo parmesão, cuja origem remete à região de Parma, na Itália. Bastante difundido no Brasil, o alimento se tornou sinônimo de bons negócios.

Mas para que isso se tornasse possível, algumas adaptações foram necessárias para de garantir a qualidade do produto e aumentar os padrões de higiene, que vão desde a coleta do leite até técnicas de fabricação. Quem explica como tudo funciona é o técnico da Empresa de Assistência Técnica Rural de Minas Gerais (Emater) Ronaldo Lopes Siqueira. Segundo ele, o primeiro passo é seguir o manual de boas práticas agrícolas, que engloba desde a higienização dos úberes das vacas até cuidados com o transporte do leite. “Só trabalhamos com laticínios que atendam às exigências dos órgãos fiscalizadores”, diz. O queijo é vendido principalmente para restaurantes e supermercados e tem trazido bons resultados para o bolso de produtores locais, que aumentaram a renda em até 30% com a novidade.

São necessários dez litros de leite para fabricar um quilo de queijo e o peso da iguaria depois de pronta varia entre cinco e dez quilos. Para que o produto seja conservado corretamente, ele deve ser coberto para não ressecar e mantido em temperatura ambiente. “Incentivamos nossos compradores a manterem os produtos conservados entre 3°C e 8°C”, diz. Depois de acabado, o quilo do parmesão é vendido a R$ 10.

A fim de organizar os negócios da região, os produtores criaram a Associação dos Pequenos Produtores de Queijo Tipo Parmesão das Comunidades do Rio Acima e Condado (ASPPRAC). “Agora precisamos crescer e criar uma cooperativa”, explica Siqueira. “Fazemos um queijo mineiro, mas com sabor e valor italiano”, brinca o coordenador do projeto.