As queimadas no interior paulista atingiram cerca de 10% dos canaviais da Tereos no Brasil, ou 30 mil hectares, disse o diretor-presidente da Tereos para o país, Pierre Santoul, nesta segunda-feira, 16.

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Em volume de produção, os incêndios afetaram lavouras que respondem por 1,7 milhão de toneladas de cana da companhia, a segunda produtora de açúcar do Brasil, sendo metade em áreas por colher e o restante em canaviais que deveriam rebrotar após a colheita.

A Tereos opera sete unidades industriais produtoras de açúcar no Brasil, todas elas localizadas na região noroeste de São Paulo, o Estado com mais canaviais afetados pelos incêndios.

Em evento com jornalistas para discutir os planos de descarbonização da companhia, o executivo comentou ainda que a Tereos teve um impacto de 100 milhões de reais com as queimadas em canaviais, uma situação que classificou como “preocupante”.

No final de junho, antes do início das queimadas, Santoul havia dito que a empresa esperava terminar a safra 2024/25 com uma moagem de cana-de-açúcar estável, semelhante ao recorde de 21 milhões de toneladas observado no ciclo passado.

Ele não deu uma nova previsão de moagem. Segundo o executivo, parte das áreas produtivas terão de receber tratos culturais e outras devem apresentar perda de produtividade.

Pelo menos 231,8 mil hectares de lavouras de cana foram atingidas pelos incêndios registrados no interior de São Paulo em agosto, de acordo com levantamento parcial realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e divulgado este mês.